O glúten é uma substância existente em diversos alimentos, principalmente nos que levam a farinha de trigo na composição. “Ele é a principal proteína do trigo, centeio, aveia, cevada e malte. Todos esses cereais são amplamente utilizados na composição de alimentos, medicamentos e bebidas industrializadas”, afirma a nutricionista Clarissa Uezima. Porém, algumas pessoas podem apresentar a intolerância ao glúten, ou doença celíaca, com sintomas como diarreia, prisão de ventre, mal-estar, perda de peso e desconforto abdominal. Essa condição pode estar relacionada ao aparecimento de outro quadro: a depressão.
BATALHA DE GIGANTES
Quando ingerido por pessoas que apresentam alergia com intolerância, o glúten faz com que o organismo trate a substância como um ser estranho e o próprio sistema imunológico passa a tentar eliminá-la – por isso a doença celíaca é denominada de autoimune – provocando um quadro inflamatório no corpo. De acordo com a psiquiatra Maria Cristina De Stefano, os pacientes que são portadores de doenças de difícil diagnóstico, como ocorre com os intolerantes ao glúten, podem desenvolver a depressão por não saberem com o que estão lidando.
UM FATOR A MAIS
A má absorção de nutrientes causada por esse processo inflamatório no organismo pode proporcionar inúmeros sintomas que levam a um quadro depressivo, como perda progressiva de peso, queda de cabelo, pele seca, perda de massa muscular, entre outros. Os nutrientes que faltam na alimentação e estão relacionados ao aparecimento da depressão são: o triptofano – substância que ajuda a sintetizar a serotonina, o hormônio do prazer; a vitamina B12, que mantém o metabolismo do sistema nervoso e o ácido fólico.
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DEPOIS DO DIAGNÓSTICO
Após a confirmação da alergia ou intolerância ao glúten, os pacientes podem desenvolver quadros depressivos devido às mudanças significativas que devem fazer em suas vidas, principalmente no que se refere à alimentação. Por isso, é preciso ter uma atitude positiva para evitar o aparecimento de sintomas como a tristeza, sensação de perda e até raiva por essa condição. “Serão indicados tratamentos que podem ser facilitadores para aliviar o transtorno ou para controlá-lo. Sempre que possível uma equipe de atendimento especializado, composta por alergista, nutricionista, psicólogo e psiquiatra faz-se necessário”, completa a psiquiatra.
Consultoria Clarissa Uezima, nutricionista