Quantas vezes, em momentos em que somos avaliados, ficamos preocupados com o que as pessoas pensaram de nós? É claro que esse comportamento nem sempre sempre é saudável, mas às vezes necessário. Podemos destacar uma entrevista de emprego e as situações profissionais. No entanto, em contextos sociais isso acontece o tempo todo. Muitas vezes, desejamos expor o que pensamos e, quando gostamos de alguém, queremos nos assegurar que essa pessoa também nos entenda. E essa questão, invariavelmente, passa pela boa comunicação e pelo jeito que nos expressamos.
Segundo estudos realizados em 2010 pela Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, o tempo que levamos para formar uma primeira impressão de alguém é de apenas um décimo de segundo. Ou seja, normalmente, as pessoas já têm uma opinião formada sobre nós antes mesmo de trocarem uma única palavra conosco.
Portanto, devemos abordá-las com a intenção de transmitir a melhor imagem possível. Não que aparência signifique tudo, mas uma boa postura e a atenção aos gestos e expressões são essenciais. Conforme explica o professor de Psicologia da Faculdade Pitágoras de Linhares Márcio Merçoni, a linguagem corporal tem papel significativo na comunicação.
“Nosso cérebro tem uma aptidão preferencial para o que somos capazes de observar, antes mesmo de identificar as intenções. Nossa função visual possui ordenamento prioritário sobre os fenômenos de percepção. Assim, as pessoas compreendem primeiro o que falamos por meio da visão, do que puderam observar do interlocutor. Em seguida, elas se sentirão impactadas pela mensagem e irão dar o próprio sentido…”.
Logo, o primeiro passo para uma boa comunicação não está relacionado à fala, mas à imagem. Vestir-se de forma adequada à situação e utilizar-se de gestos condizentes com a fala e com o estado emocional são fundamentais. “O corpo revela nosso estado de ânimo, de disposição para o momento. Se falarmos de alegria, quando estamos estressados, nem sempre estaremos coerentes com essa mensagem. É preciso ‘viver’ o que se diz. Por isso, deve-se estar atento à postura e à coerência corporal sobre o que se fala, pois o corpo pode dar ênfase ao que dizemos, ou demonstrar contradição”, completa Merçoni.
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Texto: João Paulo Fernandes / Edição: Érika Alfaro/ Consultoria: Márcio Merçoni, professor de Psicologia da Faculdade Pitágoras de Linhares