O Budismo é uma doutrina que possui cerca de 500 milhões de seguidores espalhados pelo mundo. Entretanto, devido à ausência de uma divindade, da noção de pecado e de diversas peculiaridades que possui, ainda existe uma questão que gera discordância até mesmo entre os próprios budistas: o Budismo uma filosofia ou uma religião?
Os dois lados da discussão sobre o Budismo
Com uma consulta ao dicionário da língua portuguesa, nota-se que o significado da palavra “filosofia” diz respeito a um sistema particular de uma escola ou época, ou ainda à elevação do espírito, razão ou resignação que nos coloca acima dos acidentes da vida, dos falsos preconceitos, do amor e das riquezas.
Mas, se observarmos o significado do termo “religião”, nos é apresentado a relação entre reverência ou respeito, culto prestado à divindade e, até mesmo, uma doutrina ou crença religiosa. Assim, diante das duas definições, como entender a doutrina budista?
De acordo com o portal budista Acesso ao Insight, o Budismo pode ser uma filosofia, uma vez que esse termo, para eles, significa amor à sabedoria. “Então, filosofia é o amor pela sabedoria ou amor e sabedoria. Independentemente, ambos significados descrevem o Budismo com perfeição. O Budismo ensina que devemos tentar desenvolver todo o potencial de nossa capacidade mental de modo que possamos alcançar o claro entendimento da realidade”, explica.
Para Pedro Krauss, praticante da tradição Soto Zen do Japão e ex-membro do Templo Zendo Brasil, o Budismo é uma religião que possui seus segmentos espalhados pelas muitas escolas budistas. “Cada uma delas tem uma interpretação diferente, um vestuário diferente, cerimônias, hierarquias, literatura e arte — são instituições cuidadosamente organizadas”, comenta.
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Texto: Redação Edição: Érika Alfaro Arte: Guilherme Laurente