A cantora gospel Ana Paula Valadão gerou polêmica recentemente com um post contra a “imposição da ideologia de gêneros”, somente porque a rede C&A fez uma propaganda que tinha proposta que algumas roupas poderiam ser usadas tanto por homens quanto mulheres.
Será que realmente ficar distinguindo homens de mulheres faz tanta diferença positiva assim ou priva as pessoas da liberdade de escolherem o que querem para si? Isso vale principalmente para o conceito de moda, que muda de tempos em tempos e é adequada aos desejos e necessidades das pessoas.
Há muitos motivos para que as diferenças absurdas entre os gêneros acabem, com a evolução da sociedade e na luta contra o machismo. Confira uma lista com sete motivos para lutar contra a distinção entre os gêneros:
1 – Preços iguais para todos
Qual o sentido de cobrar preços diferentes entre homens e mulheres? Algumas baladas usam dessa técnica e deixam mulheres entrar até gratuitamente em festas, com o intuito de ser um lugar com muitas mulheres “disponíveis” para os homens que pagam o preço por isso. Mulheres não são mercadoria e nem moeda de troca.
E não é só em festas que isso acontece. Na União Europeia, foi proibida a cobrança diferenciada entre os gêneros para seguros de automóveis.
2 – Alguns produtos não precisariam ser diferenciados
A apresentadora Ellen Degeneres se indignou e fez piada de uma marca de caneta que resolveu lançar uma versão para mulheres. Confira no vídeo, que explica que alguns produtos simplesmente não tem motivo para serem diferenciados:
3 – Produtos não seriam mais exclusivos para alguns gêneros
Qual o motivo para impedir que homens e mulheres usem o que quiserem? Você já se questionou por que apenas mulheres podem usar maquiagem? Homens que se cuidam, se depilam, são ridicularizados. Por que?
4- Você poderia escolher a roupa que quiser
Praticamente todas as lojas possuem divisão entre as roupas masculinas e femininas. Muitas meninas queriam usar roupas consideradas masculinas. Muitos meninos queriam usar roupas consideradas femininas.
Um aluno de uma escola pública do Espírito Santo resolveu ir ontem (2) para a escola de salto alto. Segundo ele, o ato foi para provar que a escola não aplica as políticas de diversidade que pregra. O que ouviu foram agressões como ‘bichinha’, ‘sai daí, viadinho’ e também ‘essa Coca é Fanta!’. Um simples sapato faz de alguém tão diferente de outra pessoa?
Mas, felizmente, muitos desses esteriótipos já caíram. Mulheres agora usam calças, camisetas, tênis e nem por isso são menos femininas. Os homens na história usaram durante muito tempo túnicas, que são quase como vestidos. Homens escoceses veem o kilt, que é como uma saia, como um símbolo nacional. Cada um deveria se sentir bem com aquilo que quer usar.
5 – Mais banheiros para todos
No post polêmico de Ana Paula, ela é contra a decisão da rede americanas de lojas Target de deixar os banheiros livres para quem quisesse usar, afirmando que isso facilitaria assédios. Mas o problema são os assédios em si, que sempre aconteceram em toda a história da humanidade e nunca foram impedidos por uma placa na porta.
Se a cultura machista acabar e as pessoas aprenderem o que é respeito, não haveria problema nenhum em qualquer homem ou mulher entrar no seu box, fazer suas necessidades e sair.
Se não houvesse tanta distinção, haveria mais banheiros para todos, os espaços seriam otimizados e em locais com filas, possíveis ociosidades seriam supridas mais rapidamente.
6 – Brinquedos
“Menino deve brincar de carrinho. Meninas devem brincar de boneca.”
Infelizmente, muitas crianças são privadas de brincar com aquilo que se divertem mais, pois ao longo do tempo foi designado que mulheres deveriam brincar com coisas que reforçassem seu papel de “dona do lar”. Aos meninos, jogos e peças que reforcem sua masculinidade e violência, como lutas, carros, corridas, coisas que envolvem força. Isso sem contar a questão das cores, que indicam que tudo o que é rosa é de meninas, por exemplo. Mais um reforço de estereótipos.
7 – Tarefas iguais
Assim como os brinquedos, faz muita diferença ensinar as mesmas tarefas domésticas a meninos e meninas. Além de criar pessoas menos dependentes, ainda ajuda a criança a entender que não é papel da mulher limpar a casa sozinha. Não é papel do homem trocar uma lâmpada e ser servido. E por aí vai!
CONFIRA TAMBÉM:
Atitudes que estimulam o machismo nas crianças
5 coisas absurdas que homens já sugeriram para mulheres combaterem o estupro
10 vezes em que fomos machistas sem perceber
Por que algumas propagandas estimulam a “cultura do estupro”? Entenda