Em 1692, na Inglaterra, nascia Isaac Newton. Um dos gênios mais conhecidos da história, o homem que criou a ótica, elaborou as leis que regem a mecânica clássica e as leis do movimento também foi um estudioso da Bíblia. Pode até soar estranho, mas ele não foi o único cientista a se dedicar a assuntos bíblicos.
“Uma ciência falsa gera ateus, mas verdadeira ciência leva os homens a se curvarem diante da divindade (…)”. A frase anterior é atribuída a Voltaire, um dos expoentes do Iluminismo e famoso crítico dos privilégios do clero (o movimento iluminista, que ocorreu no século XVIII, buscava explicações racionais para os fatos).
Muitos acreditam que a relação entre os textos bíblicos e a ciência é impensável. “Ao longo da história, foram constantes os confrontos entre fé e ciência. Esse duelo sempre existiu, e o debate trouxe muitas guerras e mortes no passado”, explica Clélia Peretti, teóloga e professora do programa de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
Entretanto, nem sempre essa interação tem resultados opostos. Clélia acrescenta que a ciência não prova que as revelações bíblicas são verdadeiras, apenas constata a verdade bíblica, uma espécie diferente de verdade. A Bíblia, além de ser uma espécie de guia para diversas religiões, tornou-se um documento histórico. Por isso, pesquisadores do mundo todo se dedicaram a tentar entender, comprovar ou refutar aquilo que está escrito nesse livro milenar.
Arca de Noé
A existência da arca que, segundo a Bíblia, carregou um casal de animais de cada espécie, nunca foi comprovada cientificamente. Entretanto, alunos do curso de física da Universidade de Leicester, na Inglaterra, resolveram testar a viabilidade da obra em si.
Para isso, estabeleceram uma relação entre as medidas encontradas no livro e o sistema métrico para facilitar a conversão, o que resultou uma construção de 145 metros de comprimento, 24 metros de largura e 14 metros de altura.
Além disso, foi determinada a substituição de materiais propostos pela Bíblia por aqueles com densidades parecidas. Desta maneira, os estudantes chegaram a conclusão de que a arca pesaria 1,2 milhões de quilos, podendo carregar 51 milhões. Ou seja, seria possível o transporte dos animais.
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Texto: Érika Alfaro Edição: Nathália Piccoli