Connect with us

O que você está procurando?

Facebook Twitter Instagram Youtube pinterest
Alto Astral
Especialista explica como o uso abusivo de telas está ligado a isolamento social, queda de produtividade e sintomas de ansiedade
A dependência digital tem grande impacto sobre a saúde mental - Foto: Shutterstock

Comportamento

Nomofobia: psicólogo alerta sobre os riscos da dependência digital

Especialista explica como o uso abusivo de telas está ligado a isolamento social, queda de produtividade e sintomas de ansiedade

O uso constante de smartphones e dispositivos digitais já se tornou um hábito quase ininterrupto para grande parte da população. No entanto, especialistas em saúde mental vêm alertando: o uso excessivo de telas pode levar a sérios prejuízos emocionais e psicológicos, como a nomofobia, termo que descreve o medo irracional de ficar sem o celular.

Segundo um levantamento da Global Mobile Consumer Survey, da Deloitte, 96% dos brasileiros checam o celular ao menos uma vez por hora e 43% admitem sentir ansiedade quando estão sem o aparelho. Já dados da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) apontam que crianças brasileiras passam, em média, mais de 5 horas por dia diante de telas — mais do que o dobro do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que sugere um limite de até 2 horas diárias para crianças entre 5 e 17 anos.

De acordo com o psicólogo Rafael Pierini, o uso abusivo de telas tem sido associado ao aumento de sintomas como irritabilidade, distúrbios do sono, queda de rendimento escolar ou profissional, isolamento social e até crises de ansiedade. “A hiperconectividade interfere diretamente na habilidade de se frustrar, refletir sobre as coisas e esperar, impactando diretamente nos principais comportamentos humanos. A diferença é notória principalmente em crianças”, explica.

Nomofobia entre os jovens

O cenário preocupa também pelo impacto entre adolescentes e jovens adultos. Um estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) revelou que 71% dos estudantes universitários avaliados apresentaram algum grau de dependência de smartphone, e 20% relataram sintomas compatíveis com transtornos de ansiedade relacionados ao uso do celular. 

“A atual geração de jovens cresceu ligado diretamente a tela e a conectividade, ter o hábito de pensar ‘offline’ gera uma sensação de vazio, pois as informações não chegam instantaneamente como habituado; a alta taxa de comparação que as redes sociais proporcionam são fatores preponderantes para gatilhos emocionais importantes”, comenta o psicólogo. 

Equilíbrio é fundamental

Diante desse quadro, Rafael recomendam ações preventivas, como desenvolver atividade analógicas como ler, ouvir música e conversar sem as telas ao lado podem ajudar, recuperar um pouco da vida antes das telas e da hiperconectividade ajudará diretamente no equilíbrio necessário para que estas ferramentas potencializam pessoas e não prejudique a saúde global do indivíduo.

Para casos mais graves, o acompanhamento psicológico é essencial para ajudar o paciente a resgatar o equilíbrio emocional e estabelecer uma relação mais saudável com a tecnologia. “A saúde mental na era digital é um tema urgente e coletivo. Reconhecer os sinais da nomofobia e do uso excessivo de telas é o primeiro passo para retomar o controle sobre os próprios hábitos”, conclui Rafael Pierini. 

Mais notícias como essa

Horóscopo

Querendo saber de TUDO que os próximos sete dias prometem? Descubra agora, no Horóscopo Semanal do João Bidu

Comportamento

Especialista explica como reconhecer os sinais e cuidar do bem-estar emocional para evitar complicações para a saúde mental feminina

Estilo de Vida

Muitas vezes, iniciantes na corrida acabam cometendo certos erros, mas aqui você vai encontrar as dicas perfeitas para não passar por isso

Estilo de Vida

Tatuagem é um ritual energético e simbólico que pode mudar sua vida para o bem ou para o mal