Quando uma pessoa perde uma quantidade considerável de peso em um tempo não muito longo, seja com as chamadas “canetas emagrecedoras” ou apenas com dieta e exercícios, por exemplo, pode acabar notando o aparecimento de certa flacidez. Esse é um efeito colateral comum, já que a pele nem sempre consegue acompanhar o ritmo de mudança corporal.
Assim, a pele acaba sobrando. E braços, abdômen, coxas e até o rosto e pescoço passam a apresentar dobras, flacidez e perda de firmeza. Só que isso impacta diretamente na autoestima e, muitas vezes, na própria satisfação com o processo de emagrecimento.
“É muito comum que o paciente se sinta frustrado após alcançar a meta de peso e perceber que a aparência corporal ainda está distante do que imaginava. A gordura foi embora, mas a pele não acompanha esse processo com a mesma velocidade”, explica Luiza Hassan, cirurgiã plástica especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Existem alguns procedimentos cirúrgicos que podem resolver essa questão, mas nem sempre as pessoas querem usar esse tipo de estratégia. É nesse cenário que alguns outros tratamentos ganham destaque, ajudando no processo de melhoria da estética geral.
Procedimentos para diminuir a flacidez
Embora não sejam milagrosas, essas tecnologias mais novas são bem avançadas e, por isso, capazes de promover a retração dos tecidos com uma recuperação mais rápida, melhorando a firmeza da pele e a flacidez corporal. Isso sem a necessidade de retirar excesso de pele ou passar por procedimentos cirúrgicos longos.
Segundo Luiza, especialista em contorno corporal, há métodos que atuam superficialmente, estimulando colágeno e promovendo leve contração da pele, e outros mais profundos, que alcançam diferentes camadas de tecido e exigem cuidados técnicos rigorosos, mas sem precisar de tempo de recuperação. A escolha da tecnologia e da abordagem exige não só experiência médica, mas também uma avaliação crítica sobre a expectativa do paciente.
“Os resultados variam conforme o grau de flacidez, a área tratada, o tipo de tecnologia utilizada e, principalmente, com a expectativa envolvida. Os métodos disponíveis podem promover melhora significativa na retração da pele, na redução da flacidez e na firmeza, mas, ainda assim, é preciso responsabilidade ao abordar o tema, pois não se trata de um efeito imediato ou milagroso, mas de um processo progressivo, que exige acompanhamento profissional e orientação adequada”, explica.
Segurança dos procedimentos
É importantíssimo buscar pela segurança antes de fazer qualquer procedimento para corrigir a flacidez após o emagrecimento.
Segundo a especialista, existem tecnologias que utilizam gás e que podem gerar mais riscos para a saúde. Isso porque necessitam de anestesia geral e, ainda, pela disseminação do gás no corpo. “Outras, com radiofrequência interna, podem ter aplicação de forma ambulatorial, em áreas restritas, com anestesia local e menor impacto no cotidiano do paciente. A segurança, nesses casos, é um dos diferenciais mais importantes, sobretudo quando o procedimento dispensa o uso de gás”, afirma.
Por fim, vale ressaltar que, em casos de flacidez mais avançada, mesmo com as tecnologias mais modernas, a retirada cirúrgica de pele ainda é necessária. “Mas em casos mais leves e moderados, ou em pacientes que entendem a limitação, é possível conseguir resultados satisfatórios com esses procedimentos minimamente invasivos de retração de pele”, conclui.