Junho é um mês que muita gente usa para celebrar o amor – afinal, dia 12 é comemorado o Dia dos Namorados. Contudo, que tal também usar esse mês para pensar e discutir com o seu parceiro sobre o que torna um relacionamento algo realmente saudável e ajustar o que for preciso?
Muita gente sabe que, quando há uma grande crise na relação, uma opção para entender se dá para manter a relação e fazer mudanças importantes ou se é melhor se distanciar é fazer uma terapia de casal com um bom profissional. Todavia, ela não precisa aparecer apenas quando uma grande crise já se instaurou, sabia?
Ao contrário do que muitos podem pensar, esse tipo de acompanhamento não serve somente para quando o relacionamento está nas últimas. A terapia pode ser uma ferramenta de prevenção e um espaço seguro para alinhar expectativas e fortalecer vínculos emocionais já no início dos conflitos (e praticamente toda relação tem algum conflito em algum momento, né?).
“Quando começam a aparecer questões que incomodam um dos dois, é importante poder pensar qual é o papel de cada um e o que o casal vai querer fazer em relação àquilo”, diz Danielle Admoni, psiquiatra geral e psiquiatra da infância e adolescência, supervisora na residência de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp/EPM) e especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria).
Não deixe a terapia de casal apenas para os momentos de crise
Muitos casais, no início das discussões, não conversam direito sobre os seus problemas e, por conta disso, as discordâncias apenas aumentam. “Muitos conflitos se agravam por falhas de comunicação. A terapia ajuda o casal a entender as próprias emoções e a expressá-las de forma mais empática um com o outro”, afirma a psiquiatra.
Assim, pode ser importante buscar um profissional mesmo antes de uma grande crise surgir. E, se relação já está desgastada ou até em vias de separação, isso é mais essencial ainda. Isso porque um dos objetivos do acompanhamento é proceder da maneira menos sofrida e mais organizada para todo mundo.
“Sabemos que as separações, em geral, são bem caóticas e às vezes impulsivas, as pessoas se arrependem depois. Por isso é preciso conversar”, diz a psiquiatra.
A boa notícia é que, mesmo nesses momentos difíceis, o processo terapêutico pode ajudar a resgatar o vínculo e reabrir caminhos para a reconexão. Ou, ao menos, garantir que o fechamento do ciclo aconteça com mais clareza, respeito e maturidade.
