A vitamina D, conhecida como “vitamina do sol”, é muito importante para o funcionamento do organismo. Sua falta, inclusive, pode causar vários problemas de saúde e, por isso, é importante não deixar seus níveis ficarem muito baixos.
“A deficiência subclínica de vitamina D é muito comum atualmente, devido à menor exposição solar e uso de filtro solar”, explica a endocrinologista da Unimed Araxá, Thaís Vital. De acordo com ela, a deficiência grave de vitamina D pode até causar doenças como o raquitismo e retardo do crescimento em crianças e a osteomalácia em adultos.
Apesar de isso não ser exatamente um consenso, a Endocrine Society considera como suficiente níveis de 25 OH Vitamina (forma pela qual se mede a vitamina D) acima de 30 ng/ml. Enquanto isso, a National Academy of Medicine (NAM) define como suficiente concentração sérica de 25 OH Vitamina D acima de 20 ng/mL. Ou seja, o que é mais certo é que abaixo de 20 ng/ml ela não deve ficar.
Entretanto, a questão que fica é: se é ruim ter vitamina D de menos, o correto é tentar ter o máximo possível dela? E a resposta, segundo a especialista, é não.
“Até o momento, não se demonstrou nenhum benefício em manter concentrações de 25 OH Vitamina D acima de 60ng/mL. Concentrações acima de 100ng/mL levam a maior risco de intoxicação. Portanto, os níveis disso devem ser mantidos dentro de uma faixa de normalidade, e aqui a máxima ´quanto mais alta, melhor`, não se aplica”, comenta.
O efeito adverso mais comum do excesso da vitamina é a hipercalcemia, que pode se manifestar com fadiga, constipação intestinal, náuseas, vômitos, desidratação, insuficiência renal aguda (perda da função do rim), confusão mental e até mesmo coma.
Principais formas de aumentar a vitamina D
Mesmo sabendo que não se deve tentar aumentar infinitamente a vitamina, quando ela está baixa é importante sim repô-la. Mas como fazer isso? Uma das principais formas de melhorar sua quantidade de vitamina D é pegando sol.
Durante a exposição solar, fótons UVB (ultravioleta B) de alta energia penetram na epiderme (camada da pele). Iniciam, assim, a primeira etapa de produção da vitamina D. “Em seguida, no tecido hepático, ocorre a bioativação da vitamina, e então, a 25 OH Vitamina D é transportada para os rins, onde sofre mais uma hidroxilação e se torna ativa”, explica a Dra. Thaís.
Ademais, a vitamina está presente em vários alimentos, como salmão enlatado, atum enlatado, ovo (gema), fígado de boi cozido e óleo de fígado de bacalhau. Quando necessário, seu médico também pode recomendar a ingestão da vitamina em forma de comprimidos, por exemplo. Porém, não se deve fazer isso por conta própria.