Criado para tratar o diabetes, o Ozempic ganhou destaque nos últimos anos por ser um fármaco que promove a perda de peso. Em muitos casos, o medicamento é usado sem acompanhamento médico, o que é considerado perigoso para a saúde.
Segundo a endocrinologista, Dra. Thais Mussi, algumas pessoas podem ter alergia à semaglutida e outras substâncias presentes na medicação. Já outras, podem sofrer com alguns efeitos colaterais.
“Cerca de uma em cada dez pessoas apresenta problemas como diarreia, vômitos e enjoos, mas com uma duração bem curta”, estima a médica. “Sendo assim, como todo medicamento, é preciso atenção antes de indicar ou ingerir”, alerta.
Cuidados necessários
O uso do Ozempic no dia a dia exige uma série de cuidados, principalmente em associação a outras substâncias. A combinação do medicamento com o álcool, por exemplo, pode causar hipoglicemia em pessoas diabéticas. “Se o uso da medicação for para perder peso, como o álcool é muito calórico, devemos evitar seu consumo em excesso para obter o resultado desejado”, orienta a endocrinologista.
De acordo com Thais, o consumo moderado de álcool, geralmente, não afeta os níveis de glicose no sangue. Mas, quando em excesso, ocasiona a hiperglicemia, ganho de peso e intolerância à glicose.
Outro cuidado é o com o uso de outras medicações como pílulas anticoncepcionais. Embora não haja relatos de que o Ozempic interfira no efeito de outros fármacos, a especialista afirma que vale consultar um médico para saber sobre a combinação de medicamentos e tirar suas dúvidas.
Contraindicações
A médica destaca que o Ozempic não é indicado para pessoas com diabetes tipo 1 ou com cetoacidose diabética — complicação aguda da diabetes mellitus tipo 1.
Além disso, pacientes com histórico familiar de carcinoma medular de tireoide (CMT) ou síndrome de neoplasia endócrina múltipla tipo 2 (NEM2), também não devem usar a medicação.
“Nesses casos, é importantíssimo entender com o seu médico se o Ozempic pode ser usado”, ressalta ela, que lembra que o medicamento em nenhuma hipótese deve substituir a insulina. “Essa medicação nunca deve ser usada como um substituto dessa substância no tratamento de diabetes”, finaliza a médica.