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Tratamentos estéticos para tratar manchas e pintas escuras podem acelerar quadro de câncer de pele
Pintas e manchas escuras na pele exigem atenção médica - Foto: Shutterstock

Saúde

Pinta na pele? Saiba os riscos de tratar com procedimento estético

Tratamentos estéticos para tratar manchas e pintas escuras podem acelerar quadro de câncer de pele

Quando se trata de problemas de pele, principalmente no rosto, não há quem não se incomode e busque por soluções estéticas para tratar. Hoje o mercado oferece uma infinidade de métodos que prometem acabar de vez com manchas e pintas na pele. O problema é que muitas vezes esses procedimentos são executados por não médicos. Ou seja, profissionais incapazes de avaliar condições sérias de saúde. 

Há diversas profissões habilitadas para oferecer esses tratamentos, dando ao paciente a oportunidade de optar por métodos mais acessíveis. Mas, nem sempre essa é a melhor opção, principalmente por não saber identificar o que é um problema estético e o que é uma doença. 

A médica dermatologista Paula Sian conta que recentemente um paciente chegou ao consultório, após iniciar um tratamento para retirada de uma pinta, com um resultado inverso, ao invés de sumir a mancha aumentou de tamanho.

“Assim que o paciente entrou já reconheci os sinais de um possível melanoma, e após a avaliação e exames, constatamos que tratava-se de um câncer de pele, que infelizmente foi acelerado por conta do procedimento”. 

Pintas na pele exigem atenção médica

De acordo com Paula, não há problema em optar por esses atendimentos, desde que, antes certifique-se com um médico que não há sinais de alguma patologia. “Existem tratamentos altamente qualificados para cuidados superficiais, inclusive, já fiz uso de muitos, mas tem muita gente despreparada para atuar no mercado, colocando vidas em risco”, explica a médica. 

Dados do Ministério da Saúde, colhidos em 2019, apontaram 1.978 mortes por cancro da pele no país, sendo 1.159 homens e 819 mulheres. Só em 2022, o Instituto Nacional de Cancro (INCA), contabilizou 185.600 novos casos de cancro da pele, sendo 177.000 casos de cancro não melanoma, o mais comum e menos agressivo. 

“O melanoma é um câncer silencioso e muito invasivo, que na maioria dos casos é ignorado pelo paciente, por confundir com uma pinta comum. Quando é reconhecido, muitas vezes, já está em um estado avançado, comprometendo a vida do paciente”, alerta a dermatologista. 

Mas afinal, o que é o melanoma e como reconhecer? 

O melanoma é um tipo de cancro da pele que surge nos melanócitos, as células responsáveis por produzir a melanina, o pigmento que dá cor à pele e pode aparecer em qualquer parte do corpo (pele, mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais). O melanoma é considerado um cancro mais agressivo pois possui mais chances de se espalhar e formar metástases. Os sinais mais suspeitos são:

  • Pintas que mudam de cor, tamanho ou formato;
  • Pintas que coçam ou sangram;
  • Pintas que apresentam qualquer tipo de alteração ao longo do tempo;

É importante ressaltar que, embora o melanoma seja o cancro de pele menos frequente, tem o pior prognóstico e o maior índice de mortalidade. Se detectado precocemente, tem altos índices de cura, superiores a 90%. Porém, se for diagnosticado em estágio avançado, têm a probabilidade de se espalhar para outras áreas do corpo e causar metástase, que é quando o câncer atinge outros órgãos. 

Os tratamentos disponíveis para este tipo de problema são: cirurgia em casos iniciais e quimioterapia e imunoterapia nos estágios mais avançados. No entanto, eles devem ser indicados apenas por um profissional de saúde. 

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