O mofo nada mais é do que uma colônia de fungos que se desenvolve em locais úmidos, quentes e sem ventilação. Suas manchas podem variar de cor, sendo esverdeadas, pretas ou brancas dependendo da espécie dos microrganismos. Os ambientes comuns para o aparecimento são paredes, móveis, roupas e alimentos.
Mais do que trazer danos materiais, o bolor pode desencadear ou agravar problemas de saúde, especialmente as doenças respiratórias. Outro perigo são as vasilhas e garrafas de água mal higienizadas, que podem trazer adoecimento, assim como ao comer alimentos mofados.
A pneumologista Fernanda Miranda, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, explica que o mofo libera esporos e substâncias tóxicas no ar que podem ser inaladas. ‘‘Isso pode causar irritação nas vias respiratórias com tosse, espirros e coriza; reações alérgicas como coceira nos olhos e nariz entupido. Além de asma, infecções pulmonares, especialmente em pessoas imunossuprimidas, e pneumonite de hipersensibilidade, que é uma doença crônica progressiva e incapacitante”.
Vale lembrar que, apesar de todos os tipos de mofos poderem trazer prejuízos, alguns são especialmente tóxicos. Assim, é bom procurar alguém que entenda do assunto para entender qual tipo tem aparecido na sua casa.
Cuidados com o mofo e tratamento
Existem vários cuidados que você deve ter com o seu lar para que o mofo não apareça.
‘‘Evitar a umidade mantendo a casa arejada e seca, fazer a higienização limpando paredes, roupas e recipientes com mofo; usar desumidificadores para reduzir a proliferação dos mofos; trocar os filtros de ar, pois isso evita que esporos circulem no ambiente; e evitar contato direto com o mofo, utilizando máscara e luvas ao limpar locais contaminados’”, lista Fernanda.
Segundo a especialista, o tratamento nos casos de contato com o mofo vai depender da gravidade da exposição. ‘‘Casos leves com antialérgicos e lavagem nasal para aliviar sintomas, casos moderados com broncodilatadores e corticosteroides para tratar crises respiratórias e casos graves com medicamentos antifúngicos, quando há infecção pulmonar e, em alguns casos, internação”, explica.
Porém, o tratamento depende de uma avaliação médica minuciosa e investigação diagnóstica. Assim, Fernanda pontua que, se os sintomas persistirem, é fundamental buscar um pneumologista para um diagnóstico mais preciso.
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