A calvície feminina, ou alopecia androgenética feminina, é uma condição em que a perda de cabelo se apresenta progressivamente nas mulheres, se concentrando na parte superior da cabeça. O problema tem sete graus diferentes, sendo que o primeiro são as chamadas “entradas”, que ocorrem na parte superior da testa.
O que muitas pessoas não sabem, porém, é que essa condição é bem mais comum do que se pensa nas mulheres acima de 50 anos. Isso porque fatores como estresse e alterações hormonais, comuns na menopausa, aumentam a chance da perda de cabelo. A estimativa é que até 30% das mulheres nessa fase vão enfrentar a calvície nos próximos anos.
Vale mencionar que algumas questões ligadas à etnia das mulheres podem aumentar as chances da alopecia androgenética. Mulheres brancas são as mais afetadas pelo problema. Porém, há vários outros fatores que podem tornar a probabilidade de desenvolvê-lo maior.
“Entre elas, genética, hormonais, relacionada ao estresse e alimentação inadequada e, ainda, às doenças autoimunes”, explica o médico Stanley Bittar, especialista no assunto e CEO da Stanley´s Holding.
Stanley conta ainda que, apesar de parecer assustadora, a perda de cabelo na menopausa pode ser tratada. “Existem inúmeros tratamentos e soluções disponíveis. Mesmo em casos que parecem irreversíveis é possível realizar transplantes de alta densidade que proporcionam efeitos naturais e eficazes”, aponta.
O momento certo de procurar ajuda
Segundo o médico, uma certa quantidade de queda de cabelo é normal, sendo parte do ciclo de crescimento dos fios. “É comum perder entre 50 e 100 fios de cabelo por dia. Isso ocorre porque os fios passam por diferentes fases: crescimento (anágena), transição (catágena) e repouso (telógena). Após o repouso, o fio cai e um novo começa a crescer no folículo”, explica.
Assim, é essencial saber diferenciar essa perda de fios normal daquela que é exagerada. Stanley alerta que o momento de procurar ajuda é quando ocorre uma queda de cabelo significativa além do normal, o que seria mais de 100 fios por dia, por um período prolongado.
“Surgimento de áreas visivelmente calvas ou com afinamento significativo dos fios, presença de inflamação, dor, coceira, ou vermelhidão no couro cabeludo. Queda de cabelo após eventos estressantes, doenças, mudanças hormonais, ou uso de medicamentos específicos também são situações que merecem um acompanhamento profissional”, revela.
Sobre o tratamento, muitas mulheres ainda apostam em receitas caseiras como alternativa, mas o que boa parte desconhece é que esse recurso pode piorar a condição e causar irritação no couro cabeludo ou alergias. “Em relação a xampus, há alguns no mercado que prometem parar a queda de cabelo ou promover o crescimento, mas não possuem base científica robusta para sustentar essas alegações”, aconselha o especialista.
Por isso, quando a queda de cabelo estiver te incomodando na menopausa, a melhor solução é buscar um especialista. Ele pode, por exemplo, te ajudar a entender de onde está vindo o problema e até recomendar um transplante capilar adequado.
