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Frenectomia é um procedimento que ajuda quem tem língua presa
Frenectomia é um procedimento que ajuda quem tem língua presa - Shutterstock

Saúde

Frenectomia: como funciona a remoção do freio lingual ou labial?

A frenectomia, ou remoção do freio lingual ou labial, é um procedimento que pode ajudar a corrigir a famosa língua presa

Apesar de muita gente não conhecer, a frenectomia é um procedimento que pode ser muito importante para quem tem a língua presa. Trata-se de uma cirurgia feita na boca para remover o “freio” lingual ou labial, uma faixa de tecido que, quando muito curta ou espessa, pode comprometer funções básicas como falar, mamar, engolir e até sorrir.

“Geralmente é uma condição de nascimento, causada por fatores genéticos. Pode ocorrer devido a alterações no desenvolvimento do bebê durante a gestação. Em alguns casos, acontece sem histórico familiar. O nascimento prematuro também pode contribuir. O freio pode ter tamanho, forma ou posição alterados”, esclarece a Dra. Patrícia.

Segundo a presidente da Câmara Técnica de Odontopediatria do CROSP, Dra.Patricia Georgevich, há dois tipos de freios, o lingual e o labial. O primeiro fica debaixo da língua e, quando encurtado, pode deixar a língua presa, o que dificulta a amamentação dos bebês, e a fala e a mastigação em crianças e adultos.

Já o freio labial, que fica entre o lábio e a gengiva, pode causar espaço entre os dentes da frente, sorriso gengival, problemas com próteses dentárias ou dificuldade para escovar os dentes. Para os dois tipos de freios, as técnicas cirúrgicas de frenectomia podem ser feitas com bisturi ou laser, com anestesia local. 

E muita gente pode se beneficiar dessa cirurgia, viu? Para se ter uma ideia, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, estima-se que uma em cada cinco crianças nasçam com a língua presa no Brasil.

A seguir, a especialista explica as principais questões que você deve saber em relação à frenectomia:

Quando e quem faz?

Primeiramente, a cirurgia é uma indicação nos casos em que o freio atrapalha a alimentação, a fala ou a higiene bucal, entre outros quadros. É preciso, para ter essa indicação, passar por diversos profissionais, como cirurgiões-dentistas, pediatras, otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos.

Recomenda-se também a frenectomia quando há dificuldade para mamar, atraso na fala, diastema (espaço ou lacuna entre os dentes), retração da gengiva e dificuldade de escovação, de acordo com a presidente de Odontopediatria do CROSP.

Procedimento

Existem duas formas de fazer a frenectomia, mas ambas ocorrem com anestesia local. A primeira é a técnica convencional de procedimento cirúrgico, com bisturi ou tesoura (instrumentos cirúrgicos), por meio de corte do freio, ocasionando pontos, que podem tanto cair sozinhos como serem retirados depois.

Já a segundo é o procedimento a laser, em que o corte é feito com pouco ou nenhum sangramento e, geralmente, não precisa de pontos. A recuperação nesses casos costuma ser mais rápida e confortável.

A presidente da Câmara Técnica ressalta que ambas as técnicas são eficazes e cabe ao profissional escolher a mais adequada para cada caso. “O procedimento cirúrgico deve ser somente realizado por profissional habilitado”, ressalta.     

Riscos e cuidados

No geral, a frenectomia é um procedimento seguro, de baixo risco. Contudo, qualquer cirurgia pode ter complicações, mesmo que raras.

No caso da frenectomia, os mais comuns são sangramento, que pode ocorrer principalmente na região da língua e dores e inchaçoes, geralmente de forma leve e controlável com medicação. Casos de infecção são raros, segundo a Dra. Patricia, e podem ocorrer principalmente se a higiene bucal não for correta.

Também é importante se atentar à cicatrização inadequada, que pode gerar fibrose ou necessidade de reintervenção.

Para evitar esses riscos e garantir que corra tudo bem após a cirurgia, é preciso ter alguns cuidados nesse pós-cirúrgico. É necessário, por exemplo, adotar certas medidas envolvendo alimentação – por meio de opções frias, líquidas ou pastosas nos primeiros dias. É importante evitar alimentos quentes, duros, com muita acidez e com pimenta.

Entre os cuidados necessários também está o controle de dor e inchaço; usar compressas frias nas primeiras horas, tomar os medicamentos conforme a orientação profissional e, além disso, descansar no primeiro dia pós-procedimento e evitar esforço físico.

Para os pacientes adultos, deve-se evitar a ingestão de bebidas alcoólicas e o fumo, bem como a exposição ao calor excessivo e ao sol. A Dra. Patricia ressalta, ainda, a importância da higiene bucal; escovar com cuidado usando escova macia, evitar bochechos vigorosos nos primeiros dias e usar enxaguante bucal apenas se for a indicação do seu médico.

Por fim, é essencial prestar atenção em qualquer sinal de complicações e sempre comparecer nas consultas de retorno para avaliar a cicatrização e, se necessário, retirar os pontos.

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