A atriz Priscila Fantin revelou recentemente que passou por climatério durante a Dança dos Famosos. Segundo a atriz, o corpo dela “gritava” e ela enfrentou dores nos ossos e falta de disposição física enquanto ensaiava intensamente. “O mais difícil foi vencer o momento que meu corpo estava, porque eu entrei no climatério e não sabia, mas eu sentia todos os sintomas do meu corpo sem saber o que estava acontecendo”, revelou. Mas afinal, o que é climatério? “O climatério é a fase de transição que marca o fim da vida reprodutiva da mulher. Ele começa anos antes da última menstruação e se estende por um tempo depois dela. Envolve mudanças hormonais progressivas e pode durar de 5 a 10 anos. É durante o climatério que surgem os primeiros sintomas físicos, emocionais e metabólicos da transição hormonal”, esclarece a ginecologista Dra. Patricia Magier.
Sintomas do climatério podem ser variados
E realmente o cansaço e falta de disposição é um dos sintomas mais comuns. “São fatores hormonais, físicos e, algumas vezes, emocionais, atuando de forma combinada. O declínio flutuante (no começo do climatério) e, após, permanente dos níveis hormonais do ovário podem levar a mudanças no metabolismo dessas mulheres. Na menopausa, a diminuição do estrogênio pode causar piora da qualidade do sono, levar essas mulheres à onda de calor, que quando acontecem à noite (são os suores noturnos) podem interferir no sono, o que frequentemente resulta em fadiga e pode levar à irritabilidade e instabilidade emocional”, explica o ginecologista Dr. Nélio Veiga Júnior.
Transição da vida fértil da mulher
De acordo com o ginecologista Dr. Igor Padovesi, autor do livro ‘Menopausa Sem Medo’ (Editora Gente), embora haja uma confusão de termos, a síndrome do climatério é a fase hormonal que abrange a pré-menopausa (ou perimenopausa), a menopausa e a pós-menopausa. “Em outras palavras, é a transição da vida fértil de uma mulher para a fase não reprodutiva. Começa junto com o início da transição menopausal, ou seja, a perimenopausa, cerca de 3 a 10 anos antes da menopausa propriamente dita, que é um período realmente bem variável entre as mulheres e não tem data para terminar”, explica o ginecologista. “Insônia, irritabilidade, fadiga, dores nas articulações, ondas de calor, esquecimentos frequentes, diminuição da libido, ganho de peso, crises de ansiedade e até depressão. Todos esses sintomas fazem parte do espectro da síndrome do climatério. Eles podem ser mais intensos na transição menopausal ou nos primeiros anos após a menopausa e podem passar para algumas mulheres”.
Tratamento constante durante o climatério
De acordo com o Dr. Nélio, o tratamento envolve uma atuação de equipe multidisciplinar. “Sempre iniciar com mudanças no estilo de vida: prática regular de atividade física, alimentação balanceada, cuidar do peso, evitar tabagismo, álcool e cafeína, introduzir técnicas para reduzir o estresse (ioga, meditação e técnicas de relaxamento).Além de suplementação de polivitamínicos (cálcio e vitamina D, que atuam na prevenção da osteoporose) também ajudam. E a terapia de reposição hormonal (TH). Segundo o Dr. Igor, praticamente todas as mulheres se beneficiarão da terapia de reposição hormonal que, além de tratar os sintomas, também protege a mulher. “A Terapia Hormonal pode ser iniciada ainda na perimenopausa, com protocolos personalizados. E a pós-menopausa não elimina a necessidade da TH”, destaca a Dra. Patricia.
