Saúde

Especialista diz por que a incontinência urinária é comum na menopausa

Mulheres na menopausa costumam ter mais incontinência urinária; entenda os motivos e possíveis tratamentos

Descubra como tratar a incontinência urinária na menopausa - Shutterstock

Muitas mulheres, especialmente aquelas na menopausa, sentem uma perda urinária. Esse problema é tão comum que muitas pensam que é inevitável e que não há como tratá-lo, mas será que é isso mesmo?

“É comum que ocorram limitações na rotina e algumas até evitem algumas atividades em decorrência dos sintomas”, diz o Dr. Igor Padovesi, autor do livro “Menopausa Sem Medo” (Editora Gente), especialista em menopausa certificado pela North American Menopause Society (NAMS) e membro da International Menopause Society (IMS). 

Segundo o Dr. Igor, há um motivo anatômico pelo qual mulheres sofrem mais com a incontinência urinária: elas possuem a uretra, canal que leva a urina da bexiga ao meio externo, mais curta, necessitando de um coxim de sustentação que com o passar do tempo pode ser comprometido.

“Já entre os motivos do problema ocorrer mais na menopausa, está a queda hormonal e a diminuição de colágeno com consequente perda de sustentação da região e aumento da flacidez da pele”, diz o ginecologista. Porém, o problema também pode aparecer em jovens, especialmente por conta de partos normais prévios, predisposição genética, excesso de esforço físico e perda da força da musculatura perineal.

 “Além disso, condições pré-existentes também podem favorecer a perda involuntária de urina, como infecções urinárias, alterações neurológicas, diabetes e o uso de medicamentos que favoreçam a micção por pessoas que já não possuem boa continência urinária”, completa.

Existem diferentes tipos de incontinência urinária e apenas um profissional vai poder te dizer qual o tratamento específico para o seu caso. Contudo, a seguir, o Dr. Igor comenta as diferentes possibilidades:

Tratamentos

Segundo ele, a primeira medida recomendável para melhora desses sintomas são os exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico. “O ideal é que a mulher tenha uma avaliação e orientação de fisioterapeuta pélvica, mas depois até pode seguir fazendo os exercícios sozinha, fundamentais para manter os músculos fortalecidos. O tratamento é eficaz, mas funciona como na musculação: sem aderência e disciplina, o músculo enfraquecerá novamente”, explica o Dr. Igor Padovesi.

Ademais, nos casos de incontinência de esforço leve ou moderada, também usa-se o chamado “rejuvenescimento íntimo”, realizado com laser e radiofrequência.

“E para mulheres com sintomas de incontinência de esforço que não melhoraram com outros tratamentos mais simples, existe a cirurgia chamada de ‘sling’, que basicamente consiste na inserção de uma faixa de tecido sintético para ‘levantar a bexiga’, fazendo o papel dos músculos e ligamentos que enfraqueceram”, diz o especialista.

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