Educar e dar todas as orientações necessárias sobre as drogas é a melhor maneira de manter seu filho longe desse mundo. Inclusive, os especialistas alertam que o assunto deve começar a ser debatido em casa desde a infância, para que não se torne um tabu no ambiente familiar.

A maneira como o assunto deve ser abordado varia de acordo com a faixa etária do seu filho. FOTO: iStock.com/Getty Images
Informe-se!
Antes de colocar esse tema em discussão, os pais devem se orientar para estarem aptos a responder qualquer questionamento. Informe-se sobre as drogas mais comuns, os efeitos que têm no cérebro e no corpo, os sintomas que causam e as gírias que envolvem esse universo. Com todos esses dados em mãos, fica mais fácil manter um diálogo com segurança e tranquilidade.

O mais importante é ajudar na formação do posicionamento ético e responsável da criança. FOTO: Istock.com/Getty Images
Quando conversar?
A maneira como o assunto deve ser abordado varia de acordo com a faixa etária do seu filho. Para o pediatra Marcelo Reibscheid, crianças a partir de sete anos, em geral, já têm maturidade psicológica para entender as primeiras informações sobre essas substâncias. Para essa idade, use uma linguagem simplificada e não é preciso se aprofundar no tema. O mais importante é ajudar na formação do posicionamento ético e responsável da criança.

Alguns sinais do envolvimento de seu filho com as drogas podem ser percebidos, como a diminuição do rendimento do jovem na escola. FOTO: Istock.com/Getty Images
Adolescentes em pauta
Já os adolescentes, normalmente, dão indícios de que estão em contato com esse tipo de universo, mesmo que de forma indireta. “Muitas vezes, eles começam a falar de amigos que já viu fumando maconha ou usando outras drogas em festas”, detalha a psicóloga Angélica Amigo. Nesse momento, aproveite a abertura para explicar os malefícios causados pelas drogas, sem esconder os danos que elas podem trazer ao corpo e à vida de uma pessoa.
Influência dos pais
Quando os pais fumam ou consomem álcool em excesso torna-se mais difícil educar os filhos sobre os perigos dessas substâncias. “Fazer uso de drogas pode despertar o interesse da criança, entre outros malefícios”, ressalta Reibscheid. Nesse caso, em vez de ignorar o assunto, é melhor seguir o ditado “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”. “Diga simplesmente: ‘não fume’ ou ‘não beba’. Mostre todos os problemas que o cigarro e o álcool podem causar ao organismo e fale que você está errada em usá-los. É importante assumir essa fraqueza”, afirma Angélica.
Identificando o problema
Alguns sinais do envolvimento de seu filho com as drogas podem ser percebidos: o rendimento do jovem cai na escola; o diálogo e a relação em casa tornam-se difíceis; o adolescente perde o interesse em outras atividades; podem haver mudanças de opinião de seu filho sobre o consumo de drogas.
Consultoria Angélica Amigo, psicóloga; Marcelo Reibscheid, pediatra
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