Uma condição que vem preocupando especialistas de todas as áreas da saúde é o excesso de peso. De acordo com dados do Ministério da Saúde, os índices de obesidade subiram 60% nos últimos 10 anos aqui no Brasil. O mesmo levantamento constatou que os índices de sobrepeso também subiram de 42,6% para 53,8%.
A questão toda é que, além de perigoso, a obesidade é considerada um fator de risco para o surgimento de doenças cardiovasculares. Isso porque, a combinação de entre uma alimentação desequilibrada (rica em gordura saturada) e uma vida sedentária favorece o entupimento de artérias no coração.
Roberto Yano, médico e cardiologista, explica que:
“O excesso de gordura abdominal aumenta o risco de doenças cardiovasculares, cria um ambiente inflamatório, aumenta a resistência à insulina, prejudicando o funcionamento adequado do coração. Além disso, o excesso de células gordurosas inflama os vasos sanguíneos, e acelera o processo de aterosclerose”.
A obesidade também pode desencadear outras patologias: “de acordo com um estudo do Hospital do Coração (HCOR), das seis principais causas de morte no Brasil, constatou-se que quatro estão diretamente ligadas à obesidade: acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio, diabetes e hipertensão”, explica o especialista em cardiologia.
Para chegar ao surgimento de doenças cardiovasculares existe um processo de anos vivendo em obesidade. Por isso, uma forma de controle dessa condição acontece através de cuidados preventivos, como a mudança de hábitos e a prática de exercícios.
Fernanda D'avila, que é coach de emagrecimento alerta que: "para perder peso, é necessário incluir a prática de exercícios e adotar uma dieta saudável. Essa mudança de hábitos trata-se de um autocuidado que não vai apenas promover o emagrecimento, como vai ajudar na saúde e autoestima como um todo”.
Mas, fica o alerta! A profissional explica que a mudança precisa ser total.
“É preciso uma mudança de hábitos profunda. Não adianta fazer dieta, perder peso e depois retornar aos hábitos sedentários e a dieta desequilibrada, porque o resultado disso será o efeito sanfona. É necessário reeducar o prato, a mente e, às vezes, até mesmo mudar o estilo de vida”, pontua a coach.
Por isso, que tal começar uma mudança definitiva a partir de hoje? Estudos indicam que o controle nutricional e a prática regular de atividades físicas reduz os riscos de patologias cardíacas em até 58%. Fazendo a sua parte, já é possível diminuir as chances de que isso aconteça futuramente!
Fontes: Dr. Roberto Yano, médico cardiologista e especialista em Estimulação Cardíaca Artificial pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular; Fernanda D’avila, coach comportamental e fisioterapeuta com especialidade em estética.