Em entrevista recente à imprensa mexicana, a atriz e cantora Maite Perroni, ex-integrante do grupo RBD, revelou que teve pré-eclâmpsia durante a gravidez de sua primeira filha, Lía, de 1 ano.
A artista contou que o problema ocorreu no final da gestação. “Graças a Deus tudo correu bem. Inevitavelmente me fez ganhar e ganhar peso, que ocasionou um risco na hora do parto”, disse.
Para o Alto Astral, a ginecologista e obstetra Dra. Natalia Castro explicou que a pré-eclâmpsia é um conjunto de alterações que levam ao aumento da pressão arterial da paciente, geralmente a partir da segunda metade da gravidez.
O problema é considerado grave, podendo ocasionar o nascimento prematuro e até mesmo a morte da mãe e do bebê. Apesar de existirem estudos a respeito da condição, sua causa ainda é desconhecida.
“Já se estudou muito para se descobrir os potenciais causas da pré-eclâmpsia, porém ainda não há consenso entre os estudos. Ainda estamos tentando encontrar uma resposta. É uma grande preocupação, pois a pré-eclâmpsia é a principal causa de morbimortalidade materna fetal no mundo todo”, afirma Natalia.
Por conta da pré-eclâmpsia, Maite precisou realizar uma cesariana, pois como sua pressão estava alta, um parto normal poderia colocar a saúde dela e a do bebê em risco.
Fatores de risco
Existem certos fatores que elevam o risco de uma gestante desenvolver pré-eclâmpsia. Abaixo, a especialista destacou alguns deles:
- primeira gestação;
- gestação gemelar (quando a gravidez é de gêmeos);
- gravidez acima dos 40 anos de idade;
- obesidade;
- hipertensão;
- tabagismo;
- diabetes tipo 2;
- trombofilia (alteração na coagulação do sangue);
- gravidez após reprodução assistida.
Prevenção e tratamento
Para prevenir a pré-eclâmpsia, a ginecologista e obstetra Dra. Natalia Castro orienta uma rotina saudável que inclua uma alimentação balanceada e a prática de atividade física para controle do peso.
Além disso, é importante realizar um acompanhamento pré-natal minucioso para identificar problemas durante a gestação. Diante do diagnóstico da pré-eclâmpsia, pode ser indicado a utilização de medicamentos para controle da pressão arterial.
Segundo a ginecologista, o tratamento definitivo da pré-eclâmpsia é o nascimento do bebê. “Porém, existem medidas que devem ser sempre individualizadas”, finaliza ela.