Nos meses de setembro e outubro, São Paulo e Rio de Janeiro tiveram picos de casos de rinite alérgica e outros problemas respiratórios. O aumento foi tão grande que houve 25% a mais de consultas médicas por essas condições. E as maiores causadoras disso são a poluição e as alterações climáticas.
Ou seja, é um grande desafio escapar desses problemas, uma vez que eles estão ligados a mais de um fator dos quais não é tão simples fugir. Isso sem contar que a primavera também aumenta o risco de rinite alérgica, já que é um período que combina o florescimento de diversas espécies vegetais e a alta liberação de pólen no ar.
O contato com o pólen, combinado com a poluição urbana e as flutuações bruscas de temperatura, piora os sintomas, como espirros, coriza, coceira no nariz e nos olhos, e a congestão nasal, que podem atrapalhar a rotina diária e diminuir a qualidade de vida.
Mas, então, como controlar esses sintomas e melhorar o bem-estar nesse período tão difícil para quem tem rinite alérgica? Veja a seguir as dicas do médico otorrinolaringologista Bruno Borges de Carvalho Barros:
Formas de controlar os sintomas
O Dr. Bruno explica que existem formas eficazes de controlar esses sintomas.
“Poeiras e ácaros são grandes inimigos das alergias, por isso que limpar a casa regularmente, evitar o acúmulo de objetos que possam reter pó e manter as janelas abertas para a circulação de ar são essenciais. E isso vale também para as roupas, já que o pólen tende a grudar nas peças. Por isso, é importante trocar e lavar as roupas diariamente, especialmente após atividades ao ar livre”, ensina.
Além disso, atitudes como secar os cabelos ao tomar banho e evitar pisar com pés descalços em pisos frios também ajudam a controlar o quadro. Hidratar as vias respiratórias com soro fisiológico para lavar o nariz várias vezes ao dia é outra boa dica.
Por fim, cuidado com os descongestionantes nasais. “É muito importante ressaltar que embora descongestionantes nasais possam aliviar rapidamente os sintomas, o uso prolongado pode causar dependência e agravar o quadro”, finaliza.