Se engana quem pensar que os bebês de quatro meses não entendem as coisas e mais ainda quem acha que eles não são capazes de reconhecer o que veem. Já nessa idade a criança reconhece seus pais e as pessoas que sempre estão à sua volta. Tudo isso foi provado em estudo científico. Ao todo, nove bebês de quatro a seis meses de idade participaram do estudo, que foi conduzido pelo neurocientista Bem Deen, do MIT (Massachusetts Institute of Technology). Saiba mais abaixo!
Conclusões do estudo
Ficou provado que o córtex visual do cérebro deles e dos adultos possuem a mesma organização estrutural. É isso que vai explicar porque os bebês consegue reconhecer rostos e objetos, bem como diferentes situações de seus cotidianos. Os pesquisadores coletaram dados de ressonância magnética dos bebês para chegar nessa conclusão: as fotografias obtidas foram captadas enquanto eles permaneciam deitados no scanner. O resultado final mostrou que o córtex visual dos bebês respondeu de forma similar ao dos adultos, respondendo de maneira semelhante a estímulos, o que indica que estas áreas cerebrais já processam categorias visuais específicas.
Até a idade adulta
Apesar de já possuírem uma organização estrutural no córtex cerebral parecida com a dos adultos, as respostas funcionais dos bebês observadas nos testes não possuem um nível de detalhes como aquelas observadas em adultos. Isto se dá pelo fato de haver um refinamento nesta estrutura cerebral do bebê ao longo de seu desenvolvimento.
Um pouco mais a fundo
A explicação para isso pode estar presente em um outro estudo, desenvolvido pelo Instituto de Neurociências da Universidade de Stanford. Nesta pesquisa, chegou-se à conclusão de que a parte do cérebro que permite reconhecer os rostos continua a se desenvolver até a idade adulta. Foi descoberto que a região do córtex cerebral que desempenha um papel chave no reconhecimento, chamada de giro fusiforme, continuava crescendo até a idade adulta: a conclusão foi que os adultos possuíam, proporcionalmente, 12,6% a mais de matéria cerebral no giro fusiforme que as crianças.
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