Saúde

Amamentando sem dor: veja como tornar o momento mais confortável

Com essas dicas, você vai conseguir amamentar de forma mais confortável e ainda aumentar a produção de leite

Descubra como amamentar sem dor - Shutterstock

Sentir dor na hora de amamentar é inevitável? Essa é uma dúvida que passa pela cabeça de muitas mães quando estão tendo dificuldades nesse sentido. Contudo, mesmo que um pequeno desconforto possa aparecer de vez em quando, há sim como tomar algumas medidas para diminuir bastante ou até eliminar essa dor.

Conseguir isso é ainda mais importante quando se pensa que a amamentação deve ocorrer por um bom tempo, até os dois anos de idade do bebê. Ou seja, seria muito chato ter que ficar aguentando a dor por todo esse período.

“Até os seis meses, é preconizado que a amamentação do bebê deva ser exclusivamente de leite humano, que é um alimento completo. Só após esse período, outros alimentos podem ser introduzidos, e a amamentação deve continuar até dois anos ou mais”, ressalta a Dra. Anatália Basile, coordenadora-geral da Maternidade Segura do CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”.

Além de medidas que melhorem a dor em si, é importante ter ações para aumentar a produção de leite. Afinal, se a quantidade dele for muito pouca, isso pode contribuir para machucar você ainda mais na hora em que o bebê for tentar chupar o líquido.

As indicações da especialista para amamentar sem dor e com uma melhor produção de leite:

Cuidado com medicamentos

Alguns medicamentos e substâncias precisam ser evitados nesse período, uma vez que podem passar para o leite materno e atrapalhar o desenvolvimento do bebê. Assim, pergunte sempre ao seu médico para tirar todas as dúvidas possíveis nesse sentido. Isso vai ainda aumentar a produção de leite.

Alimentação e hidratação

É essencial manter uma dieta equilibrada e nutritiva. “Embora não exista uma dieta específica que a pessoa que está amamentando deva seguir durante o período, é benéfico incluir frutas, verduras, legumes, proteínas como carnes magras, peixes, ovos e leguminosas, cereais integrais e laticínios no cardápio”, orienta a doutora.

O consumo de fontes de gorduras saudáveis, como abacate, nozes, sementes e azeite de oliva, também contribui significativamente para o desenvolvimento cerebral do bebê e deve ser integrado nos pratos de quem amamenta. Outras dicas importantes são se hidratar bem e não fazer dietas rigorosas nos primeiros seis meses de amamentação.

Estratégias para estimular a produção de leite

Existem várias estratégias criadas para aumentar a produção de leite. “Existem, por exemplo, os galactogogos, alimentos e medicamentos conhecidos por ajudarem a aumentar a produção de leite. Entre eles destacam-se aveia, quinoa e lentilhas, que são ricos em nutrientes e conhecidos por seus benefícios secundários na lactação”, diz a Dra. Anatália.

Outro fator crucial é ter descanso o suficiente. “É recomendado tentar repousar sempre que possível e aceitar auxílio de familiares e amigos para cuidar do bebê”, afirma a especialista.

Cuidados com os mamilos

Mamilos doloridos ou fissurados podem ser um desafio para a pessoa que amamenta. No entanto, existem modos de aliviar o desconforto e tornar o momento de amamentar mais tranquilo e sem dor.

“É importante garantir que o bebê faça uma pega correta. Ele deve abocanhar uma grande parte da aréola, não apenas o mamilo. Uma pega inadequada é uma das principais causas de dor e fissuras”, alerta a Dra. Anatália.

Assim, experimentar diferentes posições de amamentação pode ser uma solução para encontrar a mais confortável. É indicado ainda que o bebê mame nas duas mamas para manter a produção, favorecendo a pega correta.

Outra dica da especialista é aplicar um pouco de leite humano nos mamilos após a amamentação e deixá-los secar antes de guardá-los. “O leite tem propriedades antibacterianas e pode ajudar na cicatrização”, explica.

Evitar o uso de conchas e absorventes para seios também é importante, pois eles podem deixar o peito úmido e quente, possibilitando o crescimento de microrganismos que podem gerar infecções.

Atenção à saúde mental

Apesar de ajudar em certas questões emocionais, como o vínculo com o bebê, a amamentação pode trazer também certos problemas ligados à saúde mental, especialmente por conta da exaustão.

“Para amenizar essa situação, é essencial criar uma rede de apoio para facilitar o processo. Conecte-se com outras mães, grupos de apoio à amamentação, amigos e familiares para obter suporte emocional e prático”, recomenda a profissional.

Por isso, dedicar tempo para si com atividades relaxantes, como banhos, caminhadas ou música, também é crucial e deve fazer parte da rotina. Praticar técnicas como meditação e respiração profunda também podem ajudar na prevenção da ansiedade.

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