O corante vermelho é um ingrediente muito comum em alimentos ou bebidas coloridas. Eles aparecem em carnes processadas, como a salsicha, bebidas, doces populares, como M&M’s e Skittles, salgadinhos industrializados como Doritos, cereais matinais e até mesmo em suplementos alimentares.
Porém, o que muitos não sabem é que esse corante pode ter impactos negativos na saúde, ainda mais quando consumidos em grandes quantidades. Especificamente, alguns tipos do produto da cor vermelha estão associados a problemas no intestino.
Assim, é crucial estar atento ao tipo de corante vermelho utilizado, pois nem todos são seguros para o consumo. A seguir, entenda melhor as diferenças entre eles e seus impactos no organismo, de acordo com o médico nutrólogo Dr. Ronan Araujo:
Tipos de corantes vermelhos
Entre os corantes vermelhos sintéticos mais utilizados, Dr. Ronan Araujo cita o Vermelho Allura (INS 129) e o Ponceau 4R (INS 124). Ambos vêm de compostos petroquímicos e alguns países até proíbem o uso devido aos riscos à saúde.
Outro corante vermelho sintético bastante conhecido é o Amaranth (INS 123), também chamado de Bordeaux S. Ele é proibido em países como Estados Unidos, Áustria, Noruega e Rússia, entretanto ainda é permitido no Brasil.
Mesmo entre os produtos naturais pode haver aqueles que fazem mal. É o caso do carmim, também conhecido como cochonilha ou vermelho natural 4. Ele traz sintomas de alergia em algumas pessoas, como inchaço facial, chiado no peito, erupções cutâneas e complicações intestinais. Em casos graves, pode até desencadear uma reação anafilática.
Contudo, vale ressaltar que nem todos os corantes vermelhos são prejudiciais à saúde. Alguns dos naturais, como as antocianinas (pigmentos vermelhos encontrados em frutas e vegetais), podem inclusive ter efeitos benéficos para a saúde. O melhor é evitar os sintéticos e consumir apenas esses.
Impacto no intestino
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Ontário, no Canadá, revelou que o corante vermelho pode ter efeitos negativos no trato gastrointestinal. Segundo os pesquisadores, ele consegue inibir a capacidade de absorção de nutrientes, água e eletrólitos pelo intestino, aumentando o risco de doença inflamatória intestinal.
“Portanto, é importante estar atento aos rótulos dos produtos alimentícios e verificar a presença de corante vermelho, tanto pelo nome específico quanto pelo número INS. É necessário analisar se ele é seguro para o consumo”, orienta Dr. Ronan Araujo.