As férias de julho já chegaram e, com elas, muitas famílias já começam a se preparar para as viagens. Nesse momento, surgem as dúvidas sobre o que fazer com os pets – levar junto no passeio ou deixar em um hotel especializado?
Essa é uma escolha pessoal, porém, em qualquer caso, há medidas que você deve tomar e cuidados especiais para garantir o bem-estar do pet. Veja a seguir e decida como agir nessas férias de julho com o seu animalzinho:
Para quem vai deixar o pet em um hotel
A recomendação para quem opta por deixar o animal em um hotel é visitar o local antes de fechar a reserva, observando limpeza, organização, segurança e qualificação da equipe. “Os melhores espaços oferecem ambientes climatizados, áreas de lazer separadas por porte e comportamento, supervisão constante e profissionais treinados em comportamento animal”, explica André Faim, empresário do setor pet e cofundador da rede Lobbo Hotels.
Ele alerta que, especialmente em julho, é comum encontrar hotéis cheios. Por isso, a reserva antecipada é fundamental. “Planejar com antecedência dá tempo para apresentar o pet ao ambiente e à equipe, o que reduz o estresse e melhora a adaptação”, reforça.
Lembre-se que os cuidados não se limitam à estrutura física do local . Avaliar a rotina de atividades, a alimentação, a presença de veterinário e os protocolos de segurança é indispensável. “O tutor deve perguntar sobre a socialização dos animais, como são feitas as interações, se há enriquecimento ambiental e acompanhamento em tempo real por câmeras”, afirma Faim. Apresença de profissionais treinados é outro critério decisivo.
Para animais mais sensíveis, como gatos ou cães idosos, é importante buscar locais que ofereçam espaços individuais e um manejo adaptado. “Cada pet tem um perfil. A personalização do atendimento evita situações de estresse e melhora a experiência”, destaca.
Para quem vai levar o pet
Para os tutores que optam por levar o pet na viagem, seja na cabine ou no porão do avião, a recomendação é iniciar o processo de adaptação semanas antes. “Familiarizar o animal com a caixa de transporte, manter a vacinação em dia e consultar um veterinário sobre a possibilidade de uso de medicamentos calmantes são etapas essenciais”, diz Faim.
Outro ponto de atenção é a nova Lei Joca, sancionada em março de 2024, que regulamenta o transporte aéreo de animais domésticos no Brasil. A legislação determina que as companhias aéreas ofereçam acomodações seguras e confortáveis para cães e gatos e obriga que a tripulação esteja treinada para lidar com emergências envolvendo animais. A medida tem o nome em homenagem ao golden retriever Joca, que morreu após erro no transporte de uma companhia aérea em 2024.
Além disso, cada companhia aérea possui suas próprias regras. Algumas limitam o número de animais por voo, enquanto outras têm restrições de peso e exigem laudos médicos. A antecedência no agendamento é crucial para garantir a vaga.
No caso de cães de grande porte, que viajam no compartimento de cargas, o empresário recomenda verificar se a área do porão é pressurizada e climatizada. “Nem todas as aeronaves oferecem essa condição. É preciso ter certeza de que o transporte será seguro, especialmente em voos longos”, alerta.
