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A vacinação é a única estratégia possível para manter os animais protegidos contra a doença, que não tem cura
A raiva é uma doença infecciosa que afeta cães e gatos - Foto: Shutterstock

Pets

Raiva: entenda as causas e como proteger o seu pet

A vacinação é a única estratégia possível para manter os animais protegidos contra a doença, que não tem cura

Agosto é conhecido como o mês da vacinação contra a raiva canina e felina. Contudo, pouco se fala sobre os perigos desta doença e como ela age no organismo dos animais. A raiva é uma doença infecciosa viral aguda que acomete mamíferos, incluindo o homem. É causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabdhoviridae.

A raiva humana já foi diagnosticada em cerca de 150 países, com aproximadamente 60 mil mortes por ano, sendo a maioria em países subdesenvolvidos. Neste ano, no Brasil, já foram confirmados 11 casos de morcegos positivos para a raiva. Em 2023, o Ministério da Saúde notificou um caso de raiva em um cão na cidade de São Paulo (SP). O animal foi contaminado pela variante de morcego. Esses dados reafirmam a importância de vacinar os pets anualmente para protegê-los.

No ciclo urbano da enfermidade, o cão é considerado o principal responsável pela infecção humana, correspondendo a cerca de 95% dos casos, seguido pelo gato. No Brasil, o morcego é o principal vetor da doença, mas outros animais como chacal, coiote, gato do mato, cangambá, raposa, guaxinim, mangusto e macaco, também podem transmitir a infecção. Ainda nas zonas rurais, a doença também pode acometer outros animais como bois, ovelhas e cavalos.

Formas de contaminação

A penetração do vírus da raiva no organismo do animal costuma ocorrer no local da mordedura, arranhadura ou contato com material infeccioso, geralmente saliva. Depois, o vírus se replica pelo organismo até atingir o cérebro, causando uma série de reações neurológicas. 

“A doença age no sistema nervoso central e evolui de forma progressiva. Dessa forma, o animal contaminado perde o domínio de sua capacidade física e psíquica, tornando-se irritadiço, agressivo e descoordenado em todos os sentidos”, explica a médica-veterinária e gerente de produto da Unidade de Animais de Companhia da Ceva Saúde Animal, Marina Tiba.

Caso tenha um ferimento na pele que entre em contato com secreções contaminadas, ele também pode se infectar. Com relação ao período de transmissão, nos cães e gatos, ocorre a eliminação do vírus pela saliva entre 2 e 5 dias antes do aparecimento dos sinais clínicos, e a disseminação ocorre durante toda a fase de evolução da doença.

Sintomas

Os sintomas da raiva podem aparecer de 3 a 6 semanas após o contágio. O animal contaminado pode apresentar mudanças repentinas no comportamento, como medo, ansiedade, excitação ou depressão. Além disso, ele produz grande quantidade de saliva.

“Outra característica é que os animais se tornam agressivos e apresentam alterações nos reflexos. Essa fase dura, em média, quatro dias. Após esse período, os sintomas neurológicos se acentuam. O cão pode apresentar dificuldade para engolir, salivação excessiva, falta de coordenação nos membros e paralisia”, elenca Tiba. 

Como prevenir?

Não existe cura e nem tratamento para a raiva canina, sendo, dessa forma, fatal para o pet. Ao suspeitar que o animal está contaminado, o tutor deve buscar ajuda profissional imediatamente. Por isso, realizar a vacinação contra a raiva é extremamente importante. No caso dos filhotes, é indicada a imunização a partir do quarto mês de vida. Já os animais adultos devem ser vacinados anualmente. Essa imunização pode ser feita em postos permanentes das prefeituras ou em estabelecimentos veterinários.

“É importante reforçar que a vacinação é uma ferramenta de prevenção contra doenças indispensável na vida dos pets. Os tutores devem realizar a revacinação anual contra a raiva e seguir o calendário de imunização estabelecido pelo médico-veterinário. Atrasar ou não realizar a imunização do pet o deixará vulnerável ao contágio pelo vírus da raiva e por outros agentes”, finaliza Marina.

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