Você sempre exagera na quantidade de água ou coloca de menos ao regar suas plantas e elas acabam não crescendo da forma como deveriam? Isso é algo muito comum, e muitos chegam até a acreditar que “não têm jeito com plantas” e desistem.
Contudo, existe um método muito simples para uma rega perfeita – usar cubos de gelo para garantir a quantidade certa de água para cada planta. Rose Chaves, arquiteta e especialista em design de interiores, explica que esse truque traz mais praticidade e evita erros comuns que comprometem a saúde das espécies mais sensíveis.
“Cada cubo libera água lentamente, respeitando o tempo natural de absorção das raízes e evitando tanto o solo encharcado quanto períodos longos de seca. Prefira cubos pequenos ou que derretam rapidamente. O ideal é posicioná-los diretamente na terra, longe do caule, para evitar qualquer contato direto com partes delicadas da planta”, destaca Rose Chaves.
Esse truque pode ser usado em qualquer tipo de vaso, desde que ele tenha uma boa drenagem. Prefira usá-la pela manhã e em dias quentes, pois é quando as plantas estão mais receptivas à hidratação gradual e ao aproveitamento da água disponível.
“É fundamental observar sempre a resposta das folhas. Se começarem a escurecer ou murchar, pode ser sinal de excesso. Nesses casos, o mais indicado é suspender temporariamente o uso do gelo e revisar a frequência. O cuidado principal é entender o comportamento da planta no dia a dia”, orienta a especialista.
Mas, afinal, quantos cubos de gelo usar para cada planta? Veja a seguir isso e outras informações sobre o cuidado de 7 das plantas domésticas mais comuns e nunca mais erre ao tentar adivinhar a quantidade certa de água para cada uma delas:
Orquídea Phalaenopsis (Phalaenopsis amabilis)
Luz: Brilhante e indireta
Umidade: Moderada
Dose inicial: 3 cubos por semana sobre a casca
Vantagem do gelo: Garante floração duradoura e evita o apodrecimento das raízes, promovendo hidratação lenta.
Lírio-da-paz (Spathiphyllum wallisii)
Luz: Baixa a média, indireta
Umidade: Alta
Dose inicial: 2 a 3 cubos por semana
Vantagem do gelo: Mantém o solo sempre na umidade ideal, evita murchas e preserva o verde intenso das folhas.
Zamioculca (Zamioculcas zamiifolia)
Luz: Baixa a brilhante, indireta
Umidade: Média
Dose inicial: 1 cubo a cada 10–14 dias
Vantagem do gelo: Respeita a tolerância a períodos secos, sem jamais encharcar o substrato.
Espada-de-São-Jorge ou Língua-de-sogra (Sansevieria trifasciata)
Luz: De baixa a forte, tolera luz direta
Umidade: Baixa a média
Dose inicial: 1 cubo a cada 10–14 dias
Vantagem do gelo: Controle perfeito da água para essa resistente, sem risco de excesso.
Jiboia ou Hera-do-diabo (Epipremnum aureum)
Luz: Baixa a brilhante, indireta
Umidade: Média
Dose inicial: 2 cubos por semana
Vantagem do gelo: Evita o amarelamento das folhas e estimula crescimento saudável.
Clorofito ou Planta-aranha (Chlorophytum comosum)
Luz: Brilhante e indireta
Umidade: Média a alta
Dose inicial: 2 cubos por semana
Vantagem do gelo: Previne solo encharcado e mantém as folhas livres de manchas.
Antúrio (Anthurium andraeanum)
Luz: Brilhante e indireta
Umidade: Alta
Dose inicial: 2 a 3 cubos por semana, com borrifadas ocasionais nas folhas
Vantagem do gelo: Oferece fluxo contínuo de umidade, sem encharcar, garantindo hastes florais vibrantes.