A tapioca é um alimento garantido na dieta das pessoas que buscam uma vida mais saudável. Mas, apesar de originária do Brasil, muitos ainda têm dúvidas sobre o seu consumo. Pode comer à noite? Quem tem diabetes e gastrite pode consumi-la? O pãozinho francês é mais nutritivo? A tapioca prende o intestino? Confira esse Tira-dúvidas sobre tapioca.
Pode comer tapioca à noite?
Para quem quer emagrecer é ideal comer, no máximo, uma tapioca por dia, no café da manhã ou lanche da tarde. “Evite comê-la à noite, pois esse alimento tem alto índice glicêmico (IG). O IG indica a velocidade com que o açúcar presente em um alimento entra na corrente sanguínea, aumentando a glicemia que, por sua vez, estimula a liberação de insulina.
Muita insulina faz a glicemia baixar, o que resulta em fome antes da hora”, explica Tamara Mazaracki, médica nutróloga e ortomolecular. Portanto, para quem quer perder peso, o ideal é optar pelos carboidratos de baixo IG durante a noite, como os integrais e ricos em fibras, que retardam a passagem do açúcar pela corrente sanguínea.
Como é possível diminuir o seu índice glicêmico?
Esse alimento é um carboidrato com poucas fibras e baixa quantidade de proteínas e gorduras. “Ou seja, a tapioca é, praticamente, composta só por carboidratos, o que eleva o índice glicêmico facilmente.
Por isso, sempre indicamos recheá-la com ovos, por exemplo, ou fazer a massa com um pouco de chia, para elevar a quantidade de fibras e diminuir o índice glicêmico do alimento”, sugere a nutricionista Bruna Quaglio.
O que é melhor: tapioca ou pão francês?
A tapioca é feita da goma de mandioca hidratada e sua massa não precisa de gordura para ser preparada na frigideira. Enquanto o pãozinho tem 140 calorias em 50 gramas, a tapioca fornece 90 calorias em 40 gramas, feita com 2 colheres (sopa) de goma.
Então, o valor calórico acaba sendo diferente porque a tapioca é menor. “Ambos fornecem amido, ou seja, carboidratos simples de alto IG. Mas se a tapioca for feita com chia, ela terá quase o mesmo valor calórico do pão francês, porém com uma carga glicêmica menor. Vale a pena fazer a troca”, sugere Tamara.
Diabéticos podem comer tapioca?
Segundo a especialista, o diabético deve evitar carboidratos simples, mas é possível ingerir a tapioca sem nenhum risco, o segredo está no recheio. “Para minimizar o alto IG, o ideal é que o diabético use um recheio gorduroso na tapioca, como queijo, manteiga ou ovos, e que só a consuma, no máximo, duas ou três vezes por semana”, alerta Tamara.
Uma boa opção para quem tem a doença é investir na crepioca (combinação de tapioca com ovos), pois assim se diminui a quantidade de tapioca na receita, reduzindo a carga glicêmica do alimento.
E quem tem gastrite?
Pessoas que sofrem de problemas no aparelho digestivo, como azia, refluxo ou gastrite, podem, sim, ingerir a tapioca sem problema algum. “Se o indivíduo sentir qualquer desconforto ou queimação, é melhor evitar. Porém isso não é comum quando se come a tapioca”, afirma Tamara.
Ela prende o intestino?
O alimento não prende o intestino, mas não faz nada a seu favor também, já que é isenta de fibras. “Se você tem constipação intestinal, capriche na adição de fibras na receita, como chia, farinha de coco, aveia ou linhaça. Além disso, mantenha uma alimentação rica em frutas, legumes e verduras e não se esqueça de tomar bastante água”, alega a nutróloga.
Consultoria: Bruna Quaglio, nutricionista; Tamara Mazaracki, médica nutróloga e ortomolecular
Texto: Redação Alto Astral
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