Você já tentou estudar para uma prova, mas teve que ler e reler incontáveis vezes a mesma informação? Ou então, alguma vez, ficou “matando tempo” nas redes sociais em vez de utilizar seu tempo para algo produtivo no trabalho? E aquele dia em que você engatou uma conversa com um amigo e perdeu a concentração na atividade que estava fazendo antes?
Todas essas situações são familiares para a grande maioria das pessoas e podem ser descritas de uma forma simples: falta de concentração. Mas, afinal, você sabe o que é a concentração? “Ela é a capacidade de o indivíduo focar sua mente em um elemento, em um objeto ou em uma realidade desejada”, explica o parapsicólogo Luciano Gomes.
Há quem diga que a falta de atenção está relacionada com a modernidade, sua correria constante e as variadas ferramentas criadas para distrair o cérebro. Entretanto, esse problema é mais antigo do que se imagina: está associado à natureza humana. Ficou confuso? Então, concentre-se nas próximas linhas para entender melhor.
Como funciona a concentração?
Para compreender como as pessoas se concentram em algumas coisas e simplesmente não têm foco em outras, é preciso ter em mente que todo o sistema sensorial do indivíduo está envolvido nessa tarefa. Quer um exemplo? As emoções e as lembranças são parte fundamental na hora de definir o que deve ganhar sua atenção, graças ao sistema límbico, o qual é responsável por comandar seus sentimentos – e ele sempre irá optar pelos elementos capazes de despertar sensações intensas.
Pensando nisso, imagine a seguinte cena: você decidiu sair à noite e está em um bar lotado, em um ambiente com música alta e muitas pessoas ao redor. Você consegue ouvir conversas alheias, a banda tocando, gargalhadas… Parece difícil se concentrar em algo, não é mesmo? É aí que você se engana! Apesar das inúmeras distrações, se algo despertar o seu interesse (como uma pessoa do sexo oposto que puxou papo com você), seu foco ganha força total, já que quase todas as suas habilidades cognitivas estarão envolvidas nessa situação.
Avaliando dessa forma, parece simples e óbvio que a concentração surja mesmo em ambientes “impróprios”. E, no final, o maior desafio é conseguir se concentrar em algo que não desperte o seu interesse, como um trabalho cansativo ou uma palestra pouco motivadora. Então, o que fazer nesses casos?
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Texto e entrevista: Larissa Tomazini – Edição: Giovane Rocha/Colaborador
Consultorias: Luciano Gomes, parapsicólogo