Basicamente, a Programação Neurolinguística ou PNL é uma técnica que busca desenvolver os níveis de aprendizagem por meio do autoconhecimento da pessoa. Em outras palavras, “é o estudo da estrutura de nossa experiência subjetiva, como pensamos, como representamos nossas vivências, quais são a estrutura e os padrões de nosso comportamento, de nossa linguagem e de como nos relacionamos”, esclarece o médico e psicólogo Roberto Debski.
Aplicando a PNL
A treinadora comportamental especialista em psicologia positiva Gaya Machado afirma que a Programação Neurolinguística é um campo da aprendizagem que visa estudar os efeitos da linguagem sobre os nossos pensamentos, a ponto de influenciar alguma ação.
“‘Programação’ é usada no sentido de como estruturamos ou organizamos nossos pensamentos e ideias com o objetivo de produzir resultados. ‘Neuro’ traz a ideia de que todos os comportamentos se originam em processos neurológicos. E ‘linguística’ nos lembra que utilizamos da linguagem, seja ela verbal ou não, para organizarmos pensamentos e também nos comunicarmos com o mundo”, esclarece a especialista.
Gaya ainda cita que há cinco níveis nos quais a aprendizagem tradicional se baseia:
1. Incompetência inconsciente – não sabemos e não sabemos que não sabemos;
2. Incompetência consciente – sabemos que não sabemos;
3. Competência consciente – sabemos que sabemos, mas precisamos de concentração;
4. Competência inconsciente – a habilidade é usual e automática, como as capacidades de um esportista profissional, por exemplo;
5. Maestria – sabemos o que sabemos e o que não sabemos.
Como a PNL age no cérebro?
É possível entender as ações da Programação Neurolinguística no órgão por meio da integração entre as emoções, a mente e as atividades cerebrais, visto que os pensamentos produzem reações bioquímicas (por meio de substâncias transmitidas pelas sinapses — comunicação — dos neurônios) que passam pelo corpo todo. Ou ainda através da neuroplasticidade, ou seja, a capacidade do sistema nervoso em se desenvolver.
Como explica o mestre em neuropsicologia Eduardo Shinyashiki, “o cérebro não é rígido, nem estático. A organização das células cerebrais está em contínua mudança, e elas são continuamente remodeladas pelos nossos pensamentos e pelas nossas experiências”.
Assim, todas as ações e pensamentos derivados dos exercícios da PNL terão uma influência significativa no desenvolvimento cerebral e, consequentemente, nas atividades do cotidiano.
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Texto e entrevistas: Giovane Rocha/Colaborador – Consultorias: Eduardo Shinyashiki, consultor, palestrante em cursos de PNL e mestre em neuropsicologia; Gaya Machado, palestrante e treinadora comportamental especialista em psicologia positiva, MBA em desenvolvimento do potencial humano e coach; Roberto Debski, médico, psicólogo, coach e master trainer em PNL.