A influência – negativa ou positiva – das emoções na educação deveria ser melhor compreendida por pedagogos e professores: “É preciso dar a mesma importância aos sentimentos dos alunos que damos à sua formação cognitiva e cabe aos educadores encontrarem caminhos e soluções para isso. Seja no controle da raiva, na compreensão das diferenças, na disseminação da alegria, no fortalecimento do amor ou na dissipação do medo”, lista Dolores Affonso, coach, palestrante, consultora, designer instrucional e professora.
Para isso, seria preciso a muitos dos que trabalham com educação colocarem-se no mesmo lugar daqueles a quem estão se dirigindo: “É preciso dar autonomia ao aluno, flexibilidade no processo de ensino e aprendizagem. Sair da posição de detentor de toda a verdade para se tornar um facilitador, um mediador do conhecimento, aquele que propõe situações, reflexões e incentiva seus alunos ao saber coletivo”, explica a professora.
Aos pais, torna-se indispensável refletir a respeito das expectativas que depositam sobre os filhos. Quando o desempenho nos boletins não forem dos melhores, não usar o medo ou a intimidação como recurso para estimulá-los, mas sim investigar a fundo os obstáculos e encontrar novas alternativas para convencê-los da importância de se dedicar à educação escolar.
Importante não apenas na educação
Usar todos esses princípios como ferramenta de aprendizado não é uma necessidade só de quem se encontra no período escolar. Um adulto que dedica tempo e dinheiro a um concurso profissional bastante concorrido também pode usufruir dos mesmos ensinamentos, como cita Dolores: “A inteligência emocional nos ajuda a fazer as melhores escolhas, seja de um caminho para a carreira, qual concurso fazer, quais matérias estudar primeiro e organização do espaço de estudos. Tudo isso influencia no seu sucesso em provas e testes”.
Se você costuma se intimidar diante dos seus sonhos e projetos pessoais, experimente associar a eles emoções positivas, para assim se dedicar com mais afinco e estabelecer uma relação de confiança no próprio potencial.
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Texto e entrevista: Marcelo Ricciardi/Colaborador – Edição: Giovane Rocha/Colaborador
Consultoria: Dolores Affonso, coach, palestrante, consultora, designer instrucional e professora