A musa fitness Karina Bacchi contou aos fãs na última quinta-feira (9/2), que está grávida, pela primeira vez, com método de fertilização in vitro. Aos 40 anos, decidiu ser ‘mãe independente’, após ter passado por um processo de separação e reflexão sobre o assunto.
Esse é o mesmo sonho de mulheres que optam por uma gestação tardia, seja pela vida profissional, pelas escolhas na vida amorosa ou até mesmo pela possibilidade de ter mais tempo para si mesma. Ser mãe exige dedicação total e é possível, sim, se programar. Além disso, há casos de casal infértil ou em que a mulher decide ter uma gestação independente, como Karina, e esse processo também pode ser uma esperança.
Conheça, nesta matéria, o que é o método de fertilização in vitro, como você precisa se organizar e quais as chances de gerar um bebê com ele.
Engravidar depois da idade fértil
O que é o método de fertilização in vitro?
“O congelamento de óvulos ocorre a partir do armazenamento das células que, no futuro, poderão ser fertilizadas em laboratório. A técnica consiste em estimular o ovário feminino por meio de medicamentos para que haja uma produção extra de óvulos que serão extraídos com o manuseio de uma agulha específica guiada por ultrassonografia”, é o que explica Joji Ueno, ginecologista e doutor em medicina pela Faculdade de Medicina da USP, responsável pelo setor de Histeroscopia Ambulatorial do Hospital Sírio Libanês e Diretor na Clínica Geral. Vamos traduzir isso para você!
Relógio biológico
A idade fértil da mulher é entre os 25 e 30 anos. Aos 35 anos, a produção de óvulos é quase a metade do que era aos 25, caindo cada vez mais. Ou seja, temos um reloginho biológico que direciona a decisão de ser mãe.
Esse foi o alerta de Karina Bacchi. Em entrevista à revista Contigo! ela explicou: “Tive que retirar as trompas e minha médica me alertou sobre o meu relógio biológico. Descobri que não poderia mais engravidar pelas vias normais.”
Como é feito?
Os óvulos extraídos são tratados e congelados isoladamente. “Ao decidir engravidar, a mulher pode solicitar o descongelamento dos óvulos, que irão passar pelo processo de fertilização in vitro (FIV), ou seja, serão fertilizados em laboratório e, quando for confirmada a formação dos embriões, estes poderão ser depositados no útero da paciente”, detalha o ginecologista.
- 40% de chance de engravidar: “A confirmação da gravidez ocorre após testes específicos realizados depois de ser feita essa transferência. Portanto, o congelamento não é garantia de que realmente irá ter um filho.”
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Esse método de fertilização serve para todas as mulheres?
Segundo Ueno, além daquelas que pretendem adiar a gravidez, o método também pode ser uma boa opção para as mulheres que serão submetidas a algum tipo de cirurgia em que parte do tecido ovariano será retirada, paciente com possibilidade de menopausa precoce ou até mulheres que terão de ser submetidas a tratamentos oncológicos, como quimioterapia ou radioterapia devido ao diagnóstico de câncer. “Neste último caso, o congelamento precisa ser feito antes do início do tratamento para não comprometer as células”, orienta o médico.
É preciso se antecipar e fazer tudo com planejamento
- Quantidade de óvulos disponíveis: “Este exame consegue medir de forma precisa o hormônio antimülleriano, indicando quantos óvulos a mulher ainda tem, ou seja, ele aponta a reserva ovariana”, diz o médico. A partir dele, não dá para avaliar com precisão quanto tempo a mulher conseguirá manter a fertilidade em alta, mas já é um bom sinalizador.
- Exames com frequência: quando decide-se por engravidar depois desse processo, é preciso manter as visitas ao médico de dois em dois anos, pelo menos. “Neste caso, o teste é um exame de sangue que, pode ser realizado independente do ciclo menstrual”, diz Joji.
Na prática!
O que o método de fertilização in vitro tem a ver com infertilidade
Se você fizer uma rápida pesquisa vai perceber que fertilização in vitro é bastante discutida junto com infertilidade. Isso porque esse método é uma das alternativas para um casal hétero em que a mulher apresenta problemas nas tubas e o homem está severamente infértil, por exemplo. Com isso, as chances de uma gestação por métodos naturais são os mesmos de uma por meio da FIV. O que irá garantir a eficácia do tratamento são as características e hábitos diários do casal.
Neste caso, o tratamento deve ser uma opção para casais que não conseguiram a fecundação após tentativas por métodos naturais, pelo período de um ano, se não tiverem outras causas de infertilidade. Assim, é importante o diagnóstico da causa de infertilidade para determinar-se o tratamento correto.
GRAVIDEZ INDEPENDENTE COM O MÉTODO DE FERTILIZAÇÃO IN VITRO
Banco de sêmen: a escolha das características do pai
Quando o homem é infértil ou a mulher decide ser ‘mãe independente’, o método volta-se para a implantação de um sêmen congelado.
Os doadores são anônimos, mas relatam todas as características, sejam físicas ou de personalidade. Significa que a mãe tem a possibilidade de optar pela cor do cabelo e olhos, estatura, até profissão e hobbies de quem doa.
A musa fitness Karina Bacchi fez a escolha em um banco de sêmen internacional. À revista Contigo!, ela contou que deu atenção, inclusive, às fotos dos pais quando crianças e adolescentes e optou por aqueles que mais parecidos com ela. “Fiz a procura do doador e optei por uma empresa estrangeira, que é onde a gente consegue mais informações sobre doador. Desde ver fotos da infância, saber os traços, dados clínicos não só dele, mas da família também, a religião. Foram uns três meses para escolher”, assumiu.
O que o Conselho Federal de Medicina orienta sobre a idade da mulher
Segundo o CFM, a técnica de reprodução assistida, como também é chamado esse método de fertilização, é indicado para mulheres até 50 anos, mas, em 2015, foi liberado para mulheres com idade acima desde que seja assumida a responsabilidade de erros junto com o médico responsável.
De acordo com o site oficial do CFM, essas informações são essenciais para quem deseja realizar o procedimento:
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Fonte: revista Guia da Gravidez, ed.1 – Editora Alto Astral
Edição: Loyce Policastro/Colaboradora – Design: Isadora de Andrade/Colaboradora