O pai de Xuxa está internado em estado grave e respirando por aparelhos, segundo a assessoria da apresentadora. O Sr. Luiz Floriano Meneghel apresenta problemas de infecção pulmonar e insuficiência respiratória desencadeadas por osteoporose, doença com a qual ele já lida há alguns anos. A última entrada no hospital foi em janeiro, no último dia 24.
“Ele entrou com um problema de coluna, falando, andando e descobriram a osteoporose. Deram uns remédios a ele e os efeitos foram brabos. Acredito que vai ser um milagre se meu pai sobreviver”, disse Xuxa em entrevista à revista Caras.
O caso chama a atenção para os riscos e a gravidade da osteoporose, a doença que afeta diretamente os ossos e que agravou ainda mais o estado de saúde do pai de Xuxa. A estrutura óssea fica fragilizada e pode comprometer movimentos e tarefas do dia a dia. Fique alerta ao o que é, quais os sintomas e como prevenir, a seguir!
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Osteoporose: o problema de saúde do pai de Xuxa
“A osteoporose é uma doença silenciosa e só é descoberta, geralmente, quando se tem uma fratura. Por isso, é muito importante a realização de acompanhamento médico para o diagnóstico precoce e a prevenção de seu aparecimento”, é como define Mauro Olívio Martinelli, médico ortopedista do Centro de Qualidade de Vida de São Paulo e especialista em medicina esportiva.
Essa doença é silenciosa, discreta, e atinge a estrutura óssea. De maneira clara, os ossos ficam mais frágeis, com mais chances de fraturas e o estado geral pode desencadear outros problemas graves. “A perda da densidade óssea que caracteriza o distúrbio dá-se por conta da diminuição do hormônio feminino chamado estrógeno, que também está presente no organismo masculino, porém em menor quantidade. Ele é o responsável por manter os ossos estáveis, por meio da conservação do cálcio, um mineral essencial para a formação óssea. Então, quando a estrutura óssea é prejudicada, o risco de fraturas podem se tornar recorrentes”, explica o ortopedista.
O perfil de quem tem a doença
- Mulheres: normalmente, o problema se manifesta a partir do 45 anos;
- Homens: costumam ser atingidos por volta do 65 anos. O pai de Xuxa tem 85 anos;
- Vale para os dois: “As pessoas que têm mais propensão a adquirir a doença são brancas, que não têm o costume de tomar sol, que abusam do álcool ou fumantes, diabéticos e com histórico de osteoporose na família”, aponta Renato Bastos Pereira, mestre em ortopedia pela UFRJ.
Os tipos de osteoporose
A doença que atingiu o pai de Xuxa é definida, de forma geral, como a descalcificação de todos os ossos do corpo, fazendo com que eles fiquem fracos e com a possibilidade de se quebrarem com mínimos esforços. Mas, pode ser classificada em diferentes tipos:
– MAIS FREQUENTES
- Pó-menopáusica: se refere às mulheres que na fase após a menopausa podem perder até 4% de massa óssea ao ano, como reflexo da falta de estrogênio, hormônio feminino que regula a incorporação do cálcio ao organismo.
- Senil: significa que o distúrbio afeta os idosos, com mais de 70 anos, em decorrência da deficiência do cálcio por conta da idade e de um desequilíbrio entre a velocidade da degradação do tecido ósseo e a reposição.
– MENOS FREQUENTES
- Secundária: pode surgir por conta de fatores como insuficiência real crônica, problemas na tireoide, além do uso de drogas e consumo de bebida alcoólica e cigarro
- Juvenil idiopática: é um tipo raro, que ocorre em crianças e jovens adultos que possuem concentrações de vitamina e funções hormonais normais, sem qualquer razão óbvia para apresentar fragilidade óssea.
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É preciso cuidar desde criança: mãe, informe-se!
Apesar de a osteoporose aparecer com mais frequência na terceira idade, a prevenção começa ainda na infância, por isso a importância da informação sobre o tema.
A pediatra geral e reumatologista Elizabeth Canova Fernandes, com especialização e mestrado pela Universidade de São Paulo, faz o alerta: “Ela pode ocorrer em qualquer idade e acomete também as crianças que têm uma dieta pobre em cálcio, imobilização prolongada e faz em uso de alguns medicamentos como corticosteroides. É importante lembrar que a maior parte da massa óssea, cerca de 90%, é adquirida nas primeiras duas décadas de vida e isso reflete na vida adulta.”
O que o corpo precisa para prevenir
Ao pensar em cálcio, boa parte das pessoas já associa ao consumo de leite, mas para prevenir e tratar a doença que o pai de Xuxa sofre, é preciso ter outros cuidados fundamentais.
Algumas medidas devem sem adotadas, como garantir o consumo de cálcio, sim, mas também de vitamina D e práticas de atividades físicas, além de um monitoramento mais próximo da situação, a fim de que ela não se desenvolva para a osteoporose de fato. “Basicamente, é preciso consumir derivados do leite, cálcio e vitamina D, assim como ficar em exposição ao sol em horários definidos, antes das 10h e depois das 16h-, além de evitar o fumo e o consumo de bebidas alcóolicas”, resume Fellipe Savioli, especialista em ortopedia e traumatologia pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e pela Associação Médica Brasileira.
Mesmo que não seja possível reverter essa perda de massa, quem sofre da doença ainda podem voltar a ganhar composição no esqueleto.
Depois do diagnóstico
Neste caso, além de alimentar o corpo com os itens anteriores, também é possível lançar mão de medicamentos, que só devem ser usados com recomendação e orientação médica, com o objetivo de prevenir o avanço da doença. Alguns deles são o alendronato de sódio, risedronato de sódio e raloxifeno, mas é importante destacar que a escolha do melhor tratamento deve ser feita pelo médico especialista e exige acompanhamento especializado. Outros medicamentos como estrógeno, calcitonina e bisfosfonatos estimulam a formação óssea.
Mudança de hábitos
Na prática e no dia a dia, dentro de casa mesmo, também existem outras ações importantes que podem fazer total diferença e evitar o agravamento da osteoporose. “Para evitar quedas, é possível retirar os tapetes de casa, deixar espaços livres para andar e sem móveis no caminho. Nos banheiros, uma opção é elevar vaso sanitário e colocar barras de apoio nos boxes, além de manter iluminação sempre boa”, atenta o ortopedista Mauro Olívio Martinelli.
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Edição: Loyce Policastro/Colaboradora – Design: Isadora de Andrade/Colaboradora