Uma das doenças bacterianas mais comuns, a infecção urinária se caracteriza pela presença de micro-organismos na urina, que se multiplicam com o passar do tempo, provocando incômodos. A urina produzida nos rins é estéril. Ela se contamina quando há proliferação de bactérias ao redor da uretra (canal que liga a bexiga à superfície exterior do corpo).
Em até 95% dos casos, a bactéria responsável é a Escherichia coli, presente na flora intestinal. Algumas mulheres chegam a apresentar episódios de infecção urinária uma vez por ano. Para se prevenir e saber mais sobre o problema, esclareça suas dúvidas com o urologista Manoel Antônio Guimarães!
1. Homens também podem ter infecção urinária?
“Sim, porém é muito mais raro. É mais comum em mulheres por causa da anatomia; a uretra feminina é mais curta e não oferece uma barreira de proteção como nos homens”, explica o urologista. Além disso, nas mulheres, a vagina se localiza próxima do ânus, o que facilita a entrada de bactérias.
2. É possível prevenir?
Existem medidas que reduzem os riscos de ter o problema, mas, mesmo em pessoas que tomam todos os cuidados, a infecção pode aparecer. “É preciso tomar muito líquido (água, sucos e chás) e esvaziar a bexiga frequentemente, a cada duas horas, antes de se deitar, ao acordar e após a atividade sexual”, recomenda o especialista. O ato de urinar ajuda a expulsar as bactérias da região da uretra – portanto, o ideal é respeitar a vontade de ir ao banheiro e não segurar a urina por muito tempo.
3. Quais os sintomas?
Ardência e dor ao urinar são os sintomas mais comuns. “Dor abdominal baixa, aumento da frequência das micções, inclusive à noite, e urina com sangue são outros sinais”, acrescenta Guimarães.
4. Se não tratada, a infecção evolui para quadros mais graves?
“Sim. Pode evoluir para a infecção renal, chamada pielonefrite”, informa o urologista. A pielonefrite provoca sintomas como febre, calafrios e dor lombar. Os rins são órgãos vitais e, em alguns casos, pode ser necessária a internação hospitalar, para que o tratamento correto evite as complicações da doença.
5. A doença é transmissível?
Não, mas é comum que apareça em mulheres com vida sexual ativa, já que as relações alteram o pH da região vaginal, favorecendo a proliferação de bactérias.
Consultoria Manoel Antônio Guimarães, urologista
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