Excesso de sal, falta de líquidos e repetidas refeições que não favorecem a digestão são importantes fatores para causar a famosa sensação de inchaço e estufamento abdominal ou problemas gastrointestinais e cardiovasculares. Seja qual for a causa, uma barriga estufada e pele rígida não fazem bem a ninguém.
O desconforto, no entanto, pode ser amenizado (ou até mesmo contido) com escolhas alimentares mais saudáveis para o dia a dia – caso da raiz que dá nome à revista! “Uma boa dica é misturar o gengibre aos alimentos que propiciam a formação de gases para prevenir a sensação de incômodo. Além disso, o gengibre também tem efeito diurético, o que faz com que o inchaço diminua”, declara a cirurgiã plástica, Elódia Avila.
Retenção hídrica
É comum em pessoas que têm o hábito de salgar demais a comida ou consumir em excesso produtos industrializados e ricos em sódio. O edema, palavra usada para sugerir o aumento de uma determinada região por líquidos, é mais notado nas extremidades, ou seja, braços e pernas. Problemas mais graves também podem levar a essa quadro, como algum distúrbio renal ou insuficiência cardíaca. Grávidas também podem notar esse acúmulo de água.
Formação de gases e prisão de ventre
O intestino é um órgão complexo e pode ser comparado ao cérebro, em grau de importância no corpo. Além disso, esse tubo digestivo tem uma conexão importante com o manda-chuva da cabeça. Ou seja, qualquer alteração emocional pode influenciar na saúde gastrointestinal e até mesmo o contrário! Mas tem uma notícia boa! Basta não exagerar no consumo de alimentos que favorecem a formação de gases como feijão, massas brancas e verduras como brócolis e repolho, além de batata-frita e bebidas alcoólicas.
Outra forma de contribuir com o trânsito intestinal é rechear a refeição com fibras, principalmente as solúveis (como as encontradas em frutas e aveia), que favorecem a formação do bolo fecal sem estimular o acúmulo de gases. Já em caso de alergia alimentar, é recomendada ajuda especializada para evitar o consumo do alimento em questão e substituí-lo de forma adequada.
Rei dos ringues!
Ao tocar nesse assunto, não tem como deixar o gengibre de fora. “Ele é eficaz na prevenção das náuseas e atua na digestão, na flatulência e como relaxante em cólicas. Também reduz a formação de coágulos sanguíneos, melhorando a circulação e evitando doenças cardiovasculares”, destaca a nutricionista Maiara Fidalgo. Com isso, a diurese (produção de urina) também é favorecida.
Mas nada de exagerar, pois em grandes quantidades o gengibre pode causar queimação gástrica e até mesmo diarreia “O recomendado é consumir a quantidade equivalente a até duas colheres (chá) diariamente, se estiver ralado, mas há pessoas que toleram menos. Tem que se respeitar as características individuais”, ressalta Elódia. Se você está grávida, converse com o seu médico sobre a ingestão.
Consultoria: Maiara Fidalgo – nutricionista da Fluyr Saudável — Clínica de Combate à Dor e ao Estresse; Elódia Avila, cirurgiã plástica; Tamara Mazaracki, nutróloga e médica ortomolecular
Texto: Jéssica Frabetti
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