Assim como existem doenças que podem comprometer o coração e o estômago, por exemplo, também é possível sofrer com aquelas que atingem o cérebro. Conheça alguns problemas capazes de prejudicar o funcionamento desse órgão e saiba como tratá-los.
Acidente vascular cerebral (AVC)
Popularmente conhecido como derrame, ocorre quando um coágulo entope os vasos que irrigam o tecido cerebral, cortando o fornecimento de sangue (AVC isquêmico), ou quando os mesmos vasos se rompem e o sangue extravasa (AVC hemorrágico). Nos dois casos, as funções cognitivas — entre elas, a memória — acabam comprometidas.
Como tratar: quando acontece, o AVC pode ter sequelas irreversíveis. Portanto, o melhor ainda é a prevenção, como diz a neurologista Carla Jevoux: “Hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, alcoolismo, doença cardíaca, aterosclerose, dislipidemia e obesidade. Controlar rigorosamente esses fatores reduz o risco, além de praticar atividade física regularmente”.
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Depressão
Ocorre por um desequilíbrio químico que desregula a produção de neurotransmissores que causam as sensações de prazer e bem-estar. Pode acontecer após algum trauma físico ou psíquico e até sem motivo aparente. Além das alterações de humor, a angústia constante sobrecarrega o cérebro, prejudicando a memória.
Como tratar: medicamentos antidepressivos irão compensar a deficiência na liberação dos neurotransmissores. Porém, têm de atuar em parceria com tratamento psicoterápico, para que o paciente aprenda a lidar com o estresse emocional.
Alzheimer
Trata-se de uma degeneração dos neurônios percebida, normalmente, a partir dos 65 anos de idade. Em um primeiro momento, acontece a perda de memória. Em seguida, manifestam-se confusão mental, mudanças de humor e até mesmo dificuldades na fala. Em casos avançados, o idoso passa a ter dificuldades nas tarefas mais simples, como alimentar-se e tomar banho sozinho.
Como tratar: quanto antes começar o tratamento, maiores as chances de amenizar seus efeitos. Além do uso de remédios, é importante que o idoso mantenha uma vida ativa, conversando e interagindo com amigos e parentes, praticando atividades físicas (caminhadas, por exemplo) e exercitando a mente. O apoio e carinho dos familiares é fundamental. Para isso, é preciso se informar bastante sobre o assunto.
Texto: Marcelo Ricciardi/Colaborador
Consultoria: Carla Jevoux, neurologista