Para que a depressão se instale não é necessário muito. Diversos fatores podem colaborar para que o jovem se torne deprimido, principalmente na rotina do mundo atual. “A questão hereditária é forte, mas temos outros fatores de risco, como a estimulação de uma competitividade e perfeccionismo exacerbados, a cobrança social por um comportamento sempre correto e por sentimentos continuamente adequados – o que promove uma repressão da raiva. Além disso, temos o bullying, agressões físicas e/ ou sexuais, afeto condicionado (pais e cuidadores que condicionam o dar e receber afeto em função do comportamento considerado adequado do jovem), grandes perdas emocionais, dentre outros”, detalha a psicóloga Beatriz Acampora.
Tratamento
O acompanhamento psicológico e psiquiátrico é fundamental para que a doença se afaste. Da mesma forma que em adultos, terapias alternativas também são bem-vindas. Porém, quando há necessidade do uso de medicamentos, um dos problemas encontrados durante o tratamento é a insistência por parte dos jovens em ingerir bebida alcoólica, o que é proibido. É importante conscientizá-los para os riscos para a saúde e da importância de levar o tratamento à sério para se curar da doença.
Cuidar bem
Um histórico depressivo quando criança pode ser um dos fatores desencadeantes para a doença também no adolescente. “A depressão não tratada na infância pode se estender sim à adolescência e depois à vida adulta. Quando isso acontece, há mais risco de propensão ao uso de drogas, pois há a tentativa de aliviar o que se sente. E se persistir até a vida adulta, há a tendência de impactar diferentes áreas da vida, inclusive o trabalho, relacionamentos íntimos etc”, afirma a psicóloga Beatriz.
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Texto: Natália Negretti – Edição: Augusto Biason/Colaborador
Consultorias: Beatriz Acampora, Marina Delduca Cilino e Miriam Barros, psicólogas.