Há quem não fique um dia sem comer pelo menos um pedacinho de chocolate. E muita gente recorre ao doce para aliviar momentos de ansiedade e nervosismo. Afinal, contém triptofano, um aminoácido que participa da produção de serotonina, neurotransmissor responsável pelas sensações de bem-estar, prazer e relaxamento. Mas as propriedades antioxidantes do alimento vêm mesmo é da sua matéria-prima, o cacau. Por isso, o tipo ideal a ser consumido para beneficiar a saúde é o chocolate amargo, produzido com maior porcentagem de cacau. “Não contém leite e tem quantidade menor de açúcar”, acrescenta a nutricionista Lilian Speziali.
Para o coração
Consumir até 30g de chocolate amargo duas vezes por semana pode reduzir o risco de doenças cardiovasculares e não interfere no aumento de peso. Foi o que mostrou uma pesquisa publicada em revista científica da Sociedade Americana do Coração. O estudo foi feito com cerca de 32 mil mulheres de 48 a 83 anos e indica redução de até 33% no risco de desenvolver problemas cardíacos com a ingestão de chocolate amargo.
Porém, os pesquisadores ressaltam a importância da moderação. Como o cacau é o responsável pelos benefícios ao coração, quanto maior a porcentagem da fruta no chocolate, mais vantajoso ele será. O tipo amargo pode conter até 75% de cacau, enquanto o ao leite possui em média 30%. Assim como o chá verde, o cacau possui catequina, um polifenol que inibe a oxidação de gorduras no sangue, reduzindo a formação de placas nas artérias. Assim, o sangue circula livremente e o coração fica protegido de infartos. A catequina também eleva a produção de óxido nítrico no organismo, um tipo de gás que relaxa os músculos dos vasos sanguíneos, favorecendo a circulação e reduzindo a pressão arterial.
Mais energia
Comer um ou dois quadradinhos de chocolate no intervalo do trabalho ou dos estudos pode favorecer a concentração e melhorar a disposição. Isso porque o alimento possui duas substâncias estimulantes: a cafeína e a teobromina.
O chocolate na história
Antes mesmo da chegada dos colonizadores europeus na América, o cacau já era cultivado e consumido pelas civilizações Asteca e Maia. Era considerado um alimento sagrado e, misturado a especiarias como pimenta e gengibre, gerava uma bebida chamada de Tchocolath, consumida em rituais religiosos. O chocolate em barra surgiu no começo do século XIX e, no final do mesmo século, o inventor suíço Daniel Peter, associado ao alemão Henri Nestlé, acrescentou leite em pó à massa de cacau, criando assim o chocolate ao leite, produto macio e mais agradável ao paladar do que as primeiras experimentações.
Tipos de chocolate
Dos diferentes tipos de chocolate encontrados no mercado, o amargo é o único capaz de trazer benefícios à saúde. “O chocolate ao leite é uma combinação de cacau, leite em pó e açúcar. Já o chocolate branco é composto de manteiga de cacau, e não de cacau”, explica Lilian. Quem tem diabetes pode optar pela versão diet, que não contém açúcar, porém tem acrescentada na receita maior quantidade de gordura, com o objetivo de manter sabor e consistência agradáveis. Por isso, a versão diet pode conter tantas ou mais calorias que o chocolate ao leite.
Texto: Redação Alto Astral
Consultoria: Lilian Speziali, nutricionista
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