Há exatos 50 anos, no dia 5 de agosto de 1966, os Beatles lançaram seu sétimo álbum de estúdio, Revolver, no Reino Unido – três dias depois, chegaria aos EUA. Gravado entre abril e junho daquele ano, o trabalho por si só já causaria uma enorme repercussão somente por ser um trabalho do Fab Four. Mas John, Paul, George e Ringo fizeram um dos melhores e mais revolucionários discos da história.
Garotos crescidos
A Beatlemania já começava a cansar os quatro rapazes. A histeria e a gritaria nos shows era tão grande que nem mesmo eles se ouviam no palco, e suas músicas sempre ficavam sem segundo plano. Soma-se a isso o cansaço causado pelas viagens longas e pouco tempo para se dedicar a novas composições.
Além disso, os Beatles começaram a viver experiências inéditas, como o uso de drogas (maconha e LSD, principalmente) e o contato constante com novos sons e artistas. Tudo isso em meio aos efervescentes anos 60 e seus episódios marcantes, desde a marcha pelos direitos civis organizada por Martin Luther King nos Estados Unidos, o bombardeio da Força Aérea americana no Vietnã e o crescimento do movimento hippie.
Revolver explosivo
O resultado foi um disco inovador, onde exploraram a musicalidade de diversos instrumentos e efeitos, além da própria criatividade de cada um. Os temas das composições eram algo fora do comum: George Harrison fala dos impostos em Taxman, enquanto John Lennon canta os efeitos do sono em I’m Only Sleeping e sobre o Doctor Robert, que lhe receita certos “remédios”. Paul McCartney fala da solidão em Eleanor Rigby e até Ringo Starr se arrisca a cantar sobre um tal “submarino amarelo”.
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Texto: Thiago Koguchi