Ainda hoje, a terapia é cercada por estigmas. Há quem pense que apenas pessoas “loucas” precisam dessa forma de tratamento ou que procurar ajuda é uma demonstração de fraqueza. A grande questão é que essas posições constituem uma visão estereotipada e preconceituosa de uma medida que pode aumentar substancialmente a qualidade de vida de um indivíduo e daqueles que o cercam.
Para Roberto Debski, psicólogo da Clínica Ser Integral, os problemas emocionais e as doenças mentais trazem muito sofrimento e limitações àqueles que os sentem, porém, não deixam sinais físicos, nem alterações laboratoriais. Assim, o fato de os transtornos não serem perceptíveis, como uma febre ou um osso quebrado, acabam fazendo com que as pessoas não os compreendam. “O mesmo ocorre em síndromes dolorosas, quando os pacientes muitas vezes são estigmatizados por terem um sintoma (a dor) que não pode ser objetivamente medido”, destaca o psicólogo.
Portanto, é importante ressaltar a importância de deixar os conceitos pré-estabelecidos sobre a terapia de lado e ter consciência de que a assistência médica é imprescindível em diversos casos e de grande ajuda em outros. Mas, como saber qual é a hora certa de procurar a terapia?
Segundo Roberto, a orientação profissional deve ser requisitada assim que a pessoa tiver a consciência que possui um conflito psicológico ou um problema emocional que não consegue solucionar por si só, e percebe que este sofrimento está afetando seus relacionamentos, sua profissão ou qualquer área de sua vida. “Ou, ainda, quando houver uma questão recorrente que parece resolvida, mas sempre retorna de maneira semelhante em outra época”, completa o psicólogo.
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Texto: Érika Alfaro Consultoria: Roberto Debski, psicólogo da Clínica Ser Integral