Os métodos da terapia cognitivo-comportamental envolvem uma interação entre crenças, pensamentos, sentimentos e comportamentos. Segundo a terapeuta cognitivo-comportamental Cristiane Mellado, essa terapia “considera que as interpretações dos eventos internos e externos determinam como reagimos durante uma situação”. A especialista explica, de forma resumida, que “poderíamos considerar que um sentimento pode ser consequência de um pensamento, ou também que o estado de humor influencia a forma de interpretar uma situação”.
A intervenção clínica utiliza-se de técnicas como o questionamento socrático, que permite uma resposta racional para a cognição distorcida. Funciona da seguinte maneira: são feitas perguntas com respostas amplas, permitindo ao paciente reconhecer que seu pensamento “errado” é apenas uma hipótese a ser testada, não uma verdade universal absoluta. O terapeuta cognitivo-comportamental pode questionar como o paciente pode ter certeza de sua afirmação, pedir para que ele explique o que o leva a dizer isso, ou o que está por trás de sua “certeza”. Caso o paciente afirme não ser um bom pai, por exemplo, há a probabilidade de que o especialista o questione sobre “o que é ser um bom pai?”.
SAIBA MAIS
Psicanálise freudiana: conheça a origem dessa terapia
Qual a técnica por trás do modelo de terapia Gestalt?
Texto: Érica Aguiar Edição: Ana Beatriz Garcia Consultoria: Cristiane Mellado, terapeuta cognitivo-comportamental