As Experiências de Quase Morte (EQM) ocorrem em pacientes que passaram por um trauma muito forte. Por se tratar de um momento crítico e traumático, a atenção dos médicos está sempre voltada à manutenção da vida do indivíduo, tornando difícil efetuar exames ou testes mais profundos que comprovem o fenômeno.
“Por meio dos resultados das pesquisas apresentadas, ainda não foi possível determinar com rigor científico que as experiências relatadas ocorreram durante o período em que o paciente estava em estado de morte clínica (eletroencefalograma em linha plana, não indicando qualquer atividade cerebral). Porém, as hipóteses científicas levantadas não explicam como vários pacientes relataram com extrema precisão o que ocorreu na sala de cirurgia, inclusive pacientes cegos”, destaca Cirlei Gurgel, psicóloga, coordenadora de comunicação do Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia (IIPC).
A especialista também destaca que as narrações das experiências seguem uma espécie de padrão. “Nisso, incluo os produzidos por crianças, que seguramente não tinham conhecimento prévio sobre o assunto. Ainda há muito que se investigar nesse aspecto”, afirma.
As características das Experiências de Quase Morte
Segundo a psicóloga, a maior parte dos relatos de EQM apresenta algumas das seguintes características: sentir paz e tranquilidade profundas; ter a sensação de flutuar fora do corpo físico; observar a si e ao ambiente em redor; penetrar em um túnel ou ver uma luz intensa; encontrar pessoas falecidas, geralmente familiares; encontrar seres evoluídos ou luminosos; deparar-se com uma borda ou fronteira que, se ultrapassada, não permitiria o retorno à vida.
“É comum o relato de que existe a decisão de continuar a vida humana ou terminá-la. Pode ainda ocorrer um fenômeno conhecido como visão panorâmica retrospectiva, onde são visualizados vários acontecimentos da vida humana atual para que a pessoa tenha condições de tomar sua decisão de continuar vivendo ou não”, afirma.
Apesar da verossimilhança e padronização das experiências relatadas por pessoas de variadas idades, culturas e credos religiosos, a ciência considera a EQM uma vivência subjetiva que tem sua causa desencadeada pelo cérebro. “A experiência é originada, basicamente, por falta de oxigenação no órgão, alterações bioquímicas, percepções sensoriais ativas enquanto a pessoa encontra-se inconsciente, sonhos ou alucinações, imaginação mística ou culturalmente influenciada”, elenca Cirlei.
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Texto: Redação
Consultoria: Cirlei Gurgel, psicóloga, coordenadora de comunicação do Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia (IIPC)