Muitas teorias e pesquisas revelam o que acontece depois que morremos, mas, e filosoficamente falando, como será o processo? Para Danilo Andreatta, professor do curso de filosofia na Universidade do Sagrado Coração (USC), de Bauru (SP), a filosofia ajuda o homem a responder as questões: de onde vim, quem sou, para onde vou?
Uma coisa é fato: todos os dias, experimentamos a finitude da vida humana. E é deste modo que a vida é boa, e só poderia ser porque possui o seu fim. A vida não pode ser pobre, fechada em si mesma, cheia de egoísmos e individualidades.
“Disso decorre que o homem é um ser de esperança, que sua vida não está fadada ao acaso, pois tudo encontra sentido e direção para a vida original. Portanto, ao tratar da vida humana, não podemos ignorar a dimensão religiosa, que se preocupa com as mesmas questões”, completa o especialista Danilo.
O professor cita o filósofo francês Michel Montaigne, do século XVI: “a vida consiste em um constante ensaio, no qual a experiência da morte seria impossível ensaiar. Por isso, a morte continua sendo mistério para a vida humana”.
Danilo ainda fala que as religiões acreditam em uma vida futura, eterna e imutável, mas se diferenciam no modo como isso irá se realizar. Porém, elas também concordam em como será o momento final: “Todas elas acreditam que só poderemos voltar ao nosso estado original quando estivermos limpos ou purificados dos erros desta vida. Assim, todas elas acreditam em um ser superior que irá julgar e julgará assim: Por que é que fez, o que fez e não o fez de outro modo?”, pontua Danilo.
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Texto: Júlia Prado Edição: Nathália Piccoli