Uma descoberta científica que certamente ajudou na compreensão do Big Bang foi o acelerador de partículas. Essa máquina é uma espécie de centrífuga, porém, muito mais elaborada.
Ela colabora para a compreensão sobre o início do cosmo porque dentro dela são colocadas duas partículas pequenas, como prótons, por exemplo. Lá dentro, elas são aceleradas em sentidos contrários, para que colidam. Quando isso acontece, elas se espatifam, como explica Luiz Vitor de Souza, professor do Instituto de Física de São Carlos, da Universidade de São Paulo (USP). “Quando eles trombam em uma energia muito grande, geralmente se quebram e geram uma sopa de um monte de outras partículas“, esclarece. Essas partículas são detectadas por receptores instalados dentro do acelerador.
O acelerador de partículas e o começo do Universo
Mas o que isso tem a ver com o início do Universo? O professor Luiz Vitor responde: “No começo do Universo as partículas estavam todas juntinhas, num espaço muito pequeno, em um estado muito parecido com essa sopa que é formada quando você tromba as partículas no acelerador”.
O maior acelerador de partículas do mundo é o LHC (Grande Colisor de Hádrons), situado no CERN (Centro Europeu de Pesquisa Nuclear). Ele foi construído em 2008, a 100 metros abaixo da terra, na fronteira entre a França e a Suíça, e possui 7 metros de diâmetro e 26, 7 quilômetros de extensão.
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Texto: Da redação Consultoria: Luiz Vitor de Souza, professor do Instituto de Física de São Carlos, da Universidade de São Paulo (USP)