É sabido que ele é responsável pela nossa sobrevivência, e até pela nossa evolução. Isso porque a busca pelo desconhecido, os impulsos sexuais, a necessidade de reprodução, o desejo de seguir em frente e se superar fazem parte dos instintos inconscientes.
“É ele quem nos motiva e dá energia. Ele nos dá força para sobreviver e, às vezes, nos alertar para o perigo. Em situações de risco, você faz coisas de modo automático, mas é seu inconsciente agindo, que é aquilo que você chama de reflexo ou instinto. Conscientemente não dá nem tempo de fazer isso”, pontua o psicólogo Aurélio Melo.
“Em um contexto evolutivo, esse mecanismo complexo que envolve o inconsciente pode ter se adaptado para garantir a sobrevivência dos seres humanos como espécie. Muitas de nossas ações podem estar baseadas em instintos primitivos que no passado garantiram a sobrevivência de nossos ancestrais”, comenta o psicólogo Mateus Nogueira.
Inúmeras atividades que realizamos no dia a dia não precisam ser conscientes, como dirigir. Você aprende a dirigir conscientemente, mas, depois de um tempo, você começa a dirigir como se estivesse no piloto automático. “Os neurocientistas estão começando a estudar a interconexão da mente subliminar que está interconectada e influencia o pensamento racional”, explica Mateus.
Até então, o que se sabe é que a consciência é uma parte pequena do funcionamento psíquico e que a maior parte das atividades cerebrais não chega à consciência.
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Texto: Júlia Prado Edição: Nathália Piccoli