Ter pessoas a quem você ama nessa vida é algo que costuma ser bastante positivo. Contudo, há momentos em que esse “amor” pode te cegar para relações tóxicas ou uma dependência emocional. Isso é algo bastante comum e, por isso o debate sobre amor-próprio, dependência emocional e as armadilhas que um relacionamento em desequilíbrio pode trazer está sempre em alta.
Seja no âmbito amoroso, entre mãe e filhos ou até mesmo na área profissional, é sempre importante avaliar o quanto depende destas relações para seguir em frente, para crescer, tomar decisões ou simplesmente para se sentir completo, explica a psicanalista Maristela Carvalho.
“Quando colocamos a nossa felicidade e empoderamento na mão de alguém, como se dependêssemos do outro para decolar e obter as coisas, passamos o poder para essa pessoa e, com isso, perdemos força. Aos poucos, aumenta a sensação de que não somos capazes, por conta própria, de conquistar as coisas, de cumprir objetivos ou realizar nossos desejos”, detalha Maristela.
Veja quem está do seu lado
A especialista afirma que a dependência emocional impede a pessoa de se empoderar, além de paralisar ela frente aos obstáculos da vida, dificultando as tomadas de decisão e estagnando o nosso crescimento.
Segundo ela, quando uma pessoa se sente verdadeiramente empoderadas, quando não precisa de ninguém como muleta, todos que estiverem à sua volta participarão de sua vida como parceiros de crescimento, complementando, somando.
“Por isso, é importante que estejamos cercados de pessoas que nos ajudem a enxergar o nosso potencial e fortalecer a nossa capacidade de crescimento, de acreditar em nós mesmos”, pontua.
Isso vale para qualquer tipo de relação, não apenas entre casais, mas também entre quaisquer pessoas que possam estar próximas e que te ajudem a enxergar a sua história e suas dificuldades, que agreguem e potencializem as suas qualidades.
Peça ajuda!
Não é fácil identificar uma dependência, especialmente a emocional. É preciso autoconhecimento para poder entender a sua história e perceber as suas fragilidades e potencialidades, aponta Maristela.
“Esta percepção será possível revisitando cada trajetória ao longo dos problemas, o que muitas vezes requer apoio de um profissional, com o acompanhamento terapêutico, uma análise”, finaliza ela.
