O bullying é um problema que existe há muito tempo, especialmente nas escolas, e que pode causar vários danos à saúde mental das vítimas. Uma variação mais recente dessa questão e que ainda precisa ser muito discutida é o cyberbullying, uma forma de assédio online que envolve o uso de tecnologia para humilhar ou prejudicar outras pessoas.
Esse problema pode parecer um pouco menor do que o bullying tradicional por estar apenas dentro do universo virtual. Entretanto, a realidade está bem distante disso.
“Seus efeitos transcenderam para o mundo real, afetando profundamente a saúde emocional e psicológica dos adolescentes. Ansiedade, depressão, baixa autoestima e até mesmo pensamentos suicidas são apenas algumas das consequências devastadoras que podem surgir como resultado desse tipo de assédio online”, explica a psicóloga clínica Tatiane Paula.
Qualquer pessoa pode ser vítima de cyberbullying, contudo é algo muito comum entre adolescentes e jovens. Por isso, é essencial que os pais e responsáveis saibam reconhecer os sinais ligados a ele e como ajudar seus filhos caso passem por essa experiência.
Sinais de que seu filho pode estar sofrendo cyberbullying
Tatiane alerta que os sinais de que uma pessoa está sofrendo com o cyberbullying são muito evidentes. “Mudanças de comportamento, oscilações de humor, evitar realizar atividades sociais e problemas de sono podem ser indicativos alarmantes que não devem ser ignorados”. A relutância em usar dispositivos eletrônicos também pode acontecer.
Assim, se esses sinais aparecerem, é importante tentar descobrir o que está ocorrendo e buscar ajuda.
Medidas para impedir o problema
A especialista ressalta que a escola deve tomar certas medidas para acabar com o cyberbullying quando ele ocorre entre os alunos.
“Escolas e comunidades desempenham um papel crucial na promoção de uma cultura de respeito e inclusão, além de fornecerem suporte emocional e ensinarem habilidades de enfrentamento. A integração da terapia cognitivo-comportamental nessas iniciativas pode ser fundamental para combater o cyberbullying”, destaca a psicóloga.
Dessa maneira, uma das medidas para os pais pode ser se certificar de que a escola de seus filhos tenha essa preocupação. Por outro lado, também devem tomar certos cuidados em casa, especialmente analisando o comportamento dos filhos para ver se podem estar sendo alvos do assédio virtual.
“Além de oferecer apoio emocional, os pais devem buscar ajuda de profissionais especializados, que podem ensinar estratégias para desafiar pensamentos negativos e promover a autoconfiança”, complementa.
Ademais, lembre-se de não apenas se atentar para se os seus filhos podem estar sofrendo cyberbullying, mas também para se podem estar praticando-o. Sempre os ensine os malefícios disso e garanta que eles não estejam cometendo atos de bullying na internet.