Na última segunda-feira (22), a atriz Taís Araújo revelou que sofre de uma síndrome relacionada ao uso de redes sociais. Trata-se da síndrome de ‘FOMO’, siglas para “fear of missing out”, ou “medo de ficar de fora” em tradução livre.
“Eu sofro de uma coisa chamada ‘FOMO’, que é ‘fear of missing out’, que é medo de perder as coisas, perder o que está acontecendo. Tipo, vou dormir, vou perder o que está acontecendo, não posso dormir, tenho que acordar e sair desesperada, mesmo estando com sono”, publicou no Instagram.
O problema é caracterizado pela necessidade, quase sufocante, de estar conectado e atualizado a tudo, em tempo real. Isso leva a pessoa a ficar olhando o tempo todo as redes sociais e, quando não pode, tem sintomas de abstinência, como irritação e nervosismo.
A psicanalista Andrea Ladislau explica que a síndrome de FOMO influencia no desenvolvimento de relações com extrema dependência emocional, gerando uma verdadeira limitação da vida.
“A coisa é tão séria, que temos casos em que o sindrômico chega ao ponto de carregar diversos eletrônicos ao mesmo tempo para se precaver da falta de um deles”, aponta a profissional.
Sintomas da síndrome de FOMO
A síndrome de FOMO reúne uma série de sintomas e complicações que impactam significativamente a qualidade de vida. Entre eles estão:
- Dificuldade de concentração;
- Desejo imenso de estar conectado a todo momento;
- Sensação interna de estar perdendo algo sempre que está desconectado;
- Taquicardia;
- Falta de ar;
- Ansiedade exacerbada e inquietação;
- Irritação;
- Insegurança;
- Crises de pânico;
- Dores de cabeça;
- Insônia;
- Alteração de apetite;
- Depressão.
Tratamento da síndrome
O tratamento para a síndrome de FOMO está associado a um detox digital e a desconexão e desintoxicação das redes sociais. O tratamento também inclui terapia, que irá trazer benefícios para a saúde mental, além de resgatar relações sociais e íntimas.
“Necessário criar o hábito de fazer uma verdadeira desintoxicação das redes e do mundo virtual, se afastando por pelo 1 a 2 horas todos os dias, aproveitando para, durante o período em que estiver desconectado, fazer atividades mais prazerosas e voltadas para si, sem a necessidade da tecnologia”, orienta a psicanalista.
