Amor e Sexo

Higiene sexual: 5 mitos e verdades sobre o assunto

Veja quais são os cuidados com a higiene sexual para prevenir infecções e doenças que afetam a região íntima

Fazer a higiene íntima após as relações sexuais é fundamental para evitar infecções - Foto: Shutterstock

O cuidado com a higiene sexual é essencial para a manutenção de um corpo saudável, evitando a proliferação de microorganismos que podem causar infecções e doenças. Após as relações sexuais, uma boa higienização é considerada fundamental para a prevenção desses problemas. Mas, para que os cuidados sejam realizados da forma correta, é preciso entender o que é falso ou verdadeiro sobre o assunto. Confira, abaixo, cinco mitos e verdades sobre a higiene após as relações sexuais.

É preciso lavar o canal vaginal após a relação 

MITO. Após a relação sexual é necessário lavar somente a região externa da vulva. De acordo com a ginecologista e obstetra Laura Lúcia, na vagina estão equilibradas as bactérias do bem e o PH. “Ao lavar lá dentro no intuito de tirar o esperma ou qualquer outro produto, a gente está desequilibrando o ambiente vaginal”, alerta.

Ela ressalta ainda que, para as mulheres que não são alérgicas, o produto ideal é o sabonete íntimo, que deve ser aplicado na virilha, grandes e pequenos lábios, dobras da pele, entrada da vagina e do ânus. Após a aplicação, é recomendado deixar o produto agindo para, em seguida, enxaguar e secar bem.

Acessórios sexuais também precisam de higienização

VERDADE. Muitos casais aderem aos sex toys, como vibradores, plugs anais e capa peniana realista, para apimentar a relação e sair da rotina. No entanto, eles também precisam de uma higienização cuidadosa.

Segundo a ginecologista, obstetra e sexóloga Carolina Ambrogini, os objetos sexuais devem ser guardados limpos após o uso, visto que os fluidos, como esperma ou secreção vaginal, podem secar e gerar odores desagradáveis, além de elevar o risco de infecções na próxima utilização. 

Além disso, é recomendado que eles não sejam armazenados úmidos, pois podem acabar proliferando fungos. Para aumentar a segurança, o Ministério da Saúde também alerta sobre a necessidade de utilizar preservativos masculinos nos acessórios eróticos, como o pênis em silicone flexível ou borracha.

É preciso urinar após a relação sexual

VERDADE. Laura explica que, na mulher, a uretra é muito curta, e que os movimentos durante a relação sexual acabam empurrando as secreções para o canal, que podem atingir a bexiga e causar uma cistite ou infecção. Ao ser excretada, a urina funciona como uma “lavagem”, levando junto as bactérias. 

Lavar as partes íntimas não é tão importante para os homens quanto para as mulheres

MITO. A higiene íntima masculina pode evitar infecções e até mesmo o câncer peniano, portanto os homens também devem higienizar a região após a relação sexual. O urologista Raphael Franco Bezerra explica que, durante o banho, é importante retrair o prepúcio e lavar bem a região com sabonete. 

Em caso de fimose, a atenção deve ser redobrada, pois é facilitado o acúmulo de sujeira. Entretanto, o especialista pontua que a rotina não deve se restringir ao chuveiro. É preciso sempre lavar as mãos, pois, quando sujas, elas podem causar infecção ao transportar impurezas para o pênis. Além disso, também é recomendado enxugar bem o órgão após urinar.

É importante escovar o dente logo após o sexo 

MITO. Apesar de uma boa higiene bucal ser fundamental para prevenir o surgimento de problemas como inflamações, cáries ou feridas, esse cuidado não deve ser feito imediatamente após a relação sexual. De acordo com a infectologista Nayara Melo, o ideal é não escovar os dentes, utilizar enxaguantes bucais ou passar fio dental pouco tempo antes ou depois do sexo oral. A prática pode gerar pequenas lesões e aumentar o risco de contrair ISTs.

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