No inverno, não são apenas os seres humanos que ficam mais vulneráveis a doenças respiratórias – isso também acontece com os pets. A probabilidade dessas doenças ou outros problemas ligados ao frio aparecerem é ainda maior no caso de animais que ainda são filhotes, já são idosos ou têm o pelo curto.
“O frio pode causar desconforto térmico, piorar quadros de artrite e artrose, diminuir a imunidade e favorecer infecções. Além disso, o hábito de manter portas e janelas fechadas reduz a ventilação, aumentando a proliferação de vírus e bactérias no ambiente”, explica a Dra. Aline Ambrogi, docente de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Jaguariúna (UniFAJ).
Uma das principais razões para o aumento das doenças respiratórias em pets no inverno é que o ar frio e seco irrita as vias aéreas e compromete os mecanismos naturais de defesa do sistema respiratório. Segundo a especialista, isso facilita a entrada de agentes infecciosos, como vírus e bactérias.
“A maior proximidade entre os animais (em canis, abrigos, ou mesmo dentro de casa) também facilita a transmissão de doenças contagiosas, como a tosse dos canis em cães e o complexo respiratório felino em gatos, doenças também conhecidas como gripe dos cachorros e dos gatos, respectivamente”, comenta.
Cuidados com os pets no inverno
Para evitar as doenças respiratórias e outros problemas que são consequências do frio nos pets, tome os seguintes cuidados:
- Manter o ambiente aquecido: primeiramente, evite deixar os pets em locais com correntes de ar ou sem abrigo. Ofereça camas com mantas e cobertores. Para animais que ficam fora de casa, proteja a casinha do vento e da umidade
- Evitar banhos em dias muito frios: se forem necessários, prefira os horários mais quentes do dia, seque bem o animal com toalha e secador, e mantenha-o aquecido após o banho
- Alimentação equilibrada: uma dieta de boa qualidade ajuda a manter o sistema imunológico forte. Em alguns casos, pode haver aumento na demanda energética (como em animais que ficam ao ar livre), e o veterinário pode orientar ajustes
- Higienização e ventilação do ambiente: mesmo no frio, é importante manter os locais limpos e com boa ventilação para reduzir a concentração de microrganismos
- Vacinação em dia: as vacinas previnem doenças respiratórias importantes, como a tosse dos canis em cães e as viroses respiratórias em gatos
- Atenção a sinais clínicos: tosse, espirros, secreção nasal, falta de apetite ou desânimo são sinais de alerta. Nestes casos, procure um médico-veterinário
E as roupinhas para pets?
Uma dúvida que muitos tutores têm no inverno é se devem colocar roupinhas de frio em seus pets. E, segundo a profissional, depende do caso.
“Para animais de pelo curto, idosos, filhotes ou com doenças crônicas, as roupinhas são um benefício, pois ajudam na manutenção da temperatura corporal”, diz. No entanto, é preciso tomar alguns cuidados.
As roupinhas devem ser sempre confortáveis, sem apertar ou dificultar os movimentos, e o material precisa ser macio e fácil de lavar. Além disso, no caso de animais com dermatites ou alergias, é preciso se consultar antes com um veterinário para saber se o bichinho pode usar roupinhas.
Também há o caso de pets que não gostam de usar roupas, e forçá-los pode causar estresse. “Nestes casos, priorize o conforto térmico com cobertores e locais aquecidos”, recomenda a Dra. Aline. Por fim, mesmo que o seu pet use roupinhas, é preciso tomar todos os outros cuidados mencionados no inverno.
