Frases como “ser mãe é instintivo” ou “o amor pelo bebê nasce no parto” são sempre repetidas quando o assunto é a maternidade. Contudo, será que isso é verdade, ou é apenas uma forma de romantizar o trabalho das mães, apenas aumentando sua culpa quando a verdade não é bem essa?
Rafaela Schiavo, psicóloga perinatal e fundadora do Instituto MaterOnline, explica que essas frases são uma idealização da maternidade e esse tipo de pensamento pode mesmo fazer várias mães ficarem sobrecarregadas e frustradas. Assim, desconstruir esses mitos sobre a maternidade é essencial.
A seguir, a especialista lista 5 dos principais mitos sobre o assunto e trás as verdades por trás da maternidade:
Mito 1: Toda mãe se conecta com o bebê assim que ele nasce
A ideia de que o vínculo é imediato e natural pode gerar sofrimento quando a realidade é diferente. Muitas mães demoram a se conectar com o bebê, e isso não significa falta de amor. O apego com o filho é um processo que se desenvolve com o tempo.
Mito 2: Se você precisa de ajuda, não estava pronta para ser mãe
Ser mãe não é algo que precisa ser solitário. Em diversas culturas, inclusive, isso sempre foi uma experiência coletiva. Assim, pedir ajuda de alguém para cuidar dos filhos ou para fazer outras atividades nesse período não é uma fraqueza, e o suporte é essencial para o bem-estar materno.
Mito 3: A mãe sempre sabe o que fazer
O conceito de “instinto materno infalível” coloca uma pressão desnecessária sobre as mulheres. Ser mãe envolve aprendizado e adaptação. A dúvida faz parte da jornada. Buscar informação e apoio é importante para aliviar essa cobrança.
Mito 4: Se a mãe tem rede de apoio, ela não pode se sentir cansada
Nos casos em que a mãe tem uma boa rede de apoio, muitas pessoas acreditam que ela não está tendo muito trabalho e, por isso, não deveria se sentir cansada. Porém, mesmo com ajuda, a maternidade pode ser exaustiva, e a sobrecarga mental é bem grande. Esse sentimento é real e não deve ser motivo de vergonha.
Mito 5: Quanto mais tempo a mãe passa com o bebê, melhor
A qualidade do tempo importa mais do que a quantidade. Mães que conseguem equilibrar o autocuidado com a dedicação ao bebê tendem a se sentir mais seguras e menos sobrecarregadas. O bem-estar materno reflete diretamente no desenvolvimento da criança.
